1296 visitas - Fonte: zedirceu.com.br
Em entrevista à Rede Brasil Atual, o presidente da CUT, Vagner Freitas, explica os motivos pelos quais a maior central de trabalhadores do país é contra o pacote de medidas anunciado pelo governo federal.
Freitas fala, ainda, sobre a reunião recente com os ministros da área econômica e detalha a pauta de lutas e mobilizações – incluindo a defesa da Petrobras – deste ano. Uma pauta, aliás, que começa no próximo dia 28, o Dia Nacional de Lutas.
Especificamente sobre as medidas provisórias que alteram a concessão de benefícios, como o seguro desemprego, pensão por morte e auxílio doença, o presidente da CUT aponta que elas foram baixadas “sem negociação” com as Centrais, e que da forma como foi feito, os trabalhadores terão de arcar com a conta do ajuste fiscal. Freitas ponderou, ainda, que a economia obtida por esses primeiros pontos do ajuste será “irrisória para as contas do governo”. Mas, em contrapartida, sairão muito caras “para os trabalhadores que perdem o direito”.
Segundo o líder sindical, as medidas, ao contrário do que diz o governo, representam sim “uma retirada de direitos dos trabalhadores”. E lembra que existem “outros atores na sociedade com muito mais condições de arcar com esse ajuste do que os trabalhadores que acessam o salário–desemprego, a pensão por morte, e o auxílio-doença”. Vagner cita como um dos caminhos a cobrança da tributação sobre grandes fortunas: “Falamos para o governo, por exemplo, tributar as grandes fortunas. O sujeito compra iate, lancha e não é tributado”.
Linha política e econômica
Em uma análise mais ampla sobre os rumos do governo, o líder sindical aponta que “essa política conservadora tem sido adotada em boa parte do mundo e não tem dado resultado, em especial para os trabalhadores”. Também comenta sobre o superávit primário que “o tempo todo estamos condicionando a economia ao pagamento aos rentistas”.
Já sobre a revitalização das cadeias produtivas, avalia que “com câmbio e juros como estão, qualquer medida é paliativa e a indústria continuará com dificuldades”. Segundo Freitas, sua maior preocupação é em relação à “linha política e econômica que esse governo irá desenvolver”.
“Tem de ter linha de crédito para produção, para obtenção de novas tecnologias, para qualificação profissional, para geração de empregos. E isso deve ser com investimento público, com uma economia voltada ao crescimento”, avalia.
A próxima reunião entre governo e centrais está prevista para o dia 3 de fevereiro. Freitas também fala da agenda da CUT neste 2015 e destaca a defesa da Petrobras e de seus trabalhadores que será discutida em todo o país a partir de um “manifesto que debata com a sociedade brasileira a atrocidade que tem sido cometida contra a maior empresa brasileira, responsável por quase 13% do PIB”.
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