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Uma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal Valor Econômico, revela um outro aspecto da Operação Zelotes. Empresas que não se submetiam às extorsões promovidas pela quadrilha instalada no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, eram duramente punidas. Um exemplo típico de quem cria dificuldades para vender facilidades.
O caso mais emblemático é o do Bradesco, segundo a reportagem de Juliano Basile. Em 2013, o banco havia recebido uma autuação de R$ 1,3 bilhão, decorrente da apropriação de um ágio numa reorganização societária, tema que gera grandes controvérsias na área tributária. Autuado, o banco recorreu ao Poder Judiciário e conseguiu anular a multa.
Em seguida, foi a própria Receita Federal quem levou o assunto ao Carf. A etapa seguinte foi o assédio, à direção do banco, por integrantes do conselho, que prometiam anular a autuação. Como o banco não fez acordo com essas "consultorias", o julgamento no Carf foi marcado e o Bradesco perdeu por 6 a 0. "Segundo integrantes da Zelotes, um dos objetivos da quadrilha era o de mostrar o controle dos julgamentos de casos de grandes quantias", diz a reportagem.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, integrantes da quadrilha chegavam até a oferecer pedidos de vista nos julgamentos para os contribuintes pudessem "refletir melhor" sobre a conveniência se contratar ou não os seus serviços. O Bradesco não aceitou e foi punido. De acordo com as investigações da Polícia Federal, não há evidências de que o banco teria aceitado contratar os integrantes do Carf que promoviam extorsões.
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