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Numa primeira demonstração de que "a última palavra é a da Câmara", como disse Eduardo Cunha em relação ao projeto de terceirização de mão de obra, na noite desta segunda-feira o bloco conservador da Câmara fez tábula rasa das modificações que o Senado, através de um acordo supra-partidário, fez no projeto da nova Lei da Biodiversidade.
As emendas do Senado deram início às articulações para a formação da frente progressista anunciada pelos senadores Lindberg Farias (PT-RJ) e Jorge Viana (PT-AC) para, segundo Farias, "barrar a agenda conservadora" da Câmara. Quase todas elas tinham como principal objetivo dividir com as populações tradicionais brasileiras os benefícios decorrentes do acesso de empresas à biodiversidade para o desenvolvimento de produtos. Uma a uma, as emendas do Senado foram derrotadas pela oposição e os conservadores da Câmara, embora apoiadas pelos partidos de esquerda: PT, PC do B, PV e em alguns casos, PSB.
Cunha conduziu a votação altaneiro e sóbrio, sem fazer qualquer carga contra as decisões do Senado. No voto, entretanto, seus aliados derrotaram as mudanças feitas pelos senadores, restabelecendo o texto original ou aprovando redação com sentido diferente.
No entendimento geral do plenário, Cunha ontem deu uma demonstração de força a Renan. Mas se for assim, para quê servirá o Senado Federal?
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