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"Não concordo com o modelo de licitação de carta-convite. Acho que gera riscos", declarou o presidente da estatal, em audiência no Senado; dispensa da necessidade de aplicar a lei de licitações, modelo que facilita a prática de fraudes em contratos, foi decidida por decreto no governo FHC; segundo Aldemir Bendine, "a partir do momento que você tem um cadastro de fornecedores capacitados você pode fazer concorrência entre eles"; o dirigente também ressaltou que pretende realizar mudanças na governança da empresa, para que as decisões sejam tomadas de forma cruzada entre as diversas áreas; alterações começarão pela cúpula
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, defendeu nesta terça-feira 28, durante audiência no Senado, que o atual modelo de contratações na estatal deve ser alterado. "Não concordo com o modelo de licitação de carta-convite. Acho que gera riscos", declarou o dirigente, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
A dispensa da necessidade de aplicar a lei de licitações, modelo que facilita a prática de fraudes em contratos, como as investigadas hoje na Operação Lava Jato, pela Polícia Federal, foi firmada em decreto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e é amplamente utilizada pela companhia nos últimos anos.
Segundo Bendine, "a partir do momento que você tem um cadastro de fornecedores capacitados você pode fazer concorrência entre eles". O presidente da estatal também disse que pretende fazer mudanças na governança da empresa, para que as decisões sejam tomadas de forma cruzada entre as diversas áreas. As alterações, segundo ele, começarão pela cúpula da empresa.
Planejamento estratégico é um dos desafios, diz Bendine
De acordo com Bendine, a empresa venceu os dois primeiros desafios a que a diretoria se propôs: apresentar um balanço auditado de 2014, o que foi feito na última quarta-feira 22, e resolver o problema de financiabilidade da companhia para este ano. Agora, segundo ele, a concentração estará na definição de um novo plano estratégico de negócios e na melhora da governança corporativa após os atos de corrupção da Lava Jato. O plano estratégico deve ser anunciado em cerca de 30 ou 40 dias, informou Bendine.
Ele atribuiu ao preço do petróleo o maior impacto nas perdas da companhia no ano passado. O balanço divulgado na semana passada registrou perdas de R$ 21,6 bilhões, sendo R$ 6,2 bilhões em decorrência de práticas de corrupção.
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