Após jantares para aprovar a PEC 55, Temer oferece novo banquete milionário para aprovar a reforma da Previdência

Portal Plantão Brasil
8/3/2017 11:48

Após jantares para aprovar a PEC 55, Temer oferece novo banquete milionário para aprovar a reforma da Previdência

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263633 visitas - Fonte: g1

O presidente Michel Temer ofereceu na noite desta segunda-feira (6) um jantar no Palácio da Alvorada a ministros e líderes da base aliada para discutir a proposta do governo para a reforma da Previdência. Ele chegou à residência oficial da Presidência por volta das 19h30 (saiba ao final desta reportagem quem esteve presente ao jantar).







Temer vem reforçando as conversas com os aliados para tentar garantir a aprovação no Congresso de propostas consideradas essenciais pelo Planalto, como as reformas previdenciária e trabalhista.



O presidente voltou a se envolver diretamente com as conversas porque um dos principais responsáveis pela articulação política do governo, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, está afastado há mais de 15 dias do Planalto por problemas de saúde.



Deputados da oposição e até mesmo da base aliada têm criticado o texto enviado pelo governo. Para alguns parlamentares, é preciso rever a proposta de idade mínima de 65 anos para se aposentar, a regra de transição e a contribuição por 49 anos para que o contribuinte receba o valor integral do benefício.



Um dos objetivos do Planalto com as reuniões para tratar do tema é acertar o conteúdo das emendas a serem apresentadas pelos deputados aliados, segundo apurou o G1.



O que disseram os deputados



Segundo deputados que estiveram presentes ao jantar, Temer foi o primeiro a falar e fez uma defesa sobre a importância de se aprovar a reforma da Previdência. Depois, alguns parlamentares fizeram questionamentos, respondidos pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.







"[Ojantar] foi importante para traçar estratégias políticas e de comunicação para conseguir aprovar a reforma", afirmou ao G1 o líder do DEM, Efraim Filho (PB).



O líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP), explicou que ficou acertado que as bancadas farão reuniões internas para identificar os pontos de consenso, que, segundo ele, devem ser entre "70% e 80%" da proposta original. A partir daí, explicou, os pontos de dissenso serão conversados.



"O governo quer aprovar a reforma da maneira que está, mas sabe que alguns ajustes deverão ser feitos", disse Tripoli ao deixar o jantar.



Reforma da Previdência



A proposta foi enviada em dezembro pelo governo ao Congresso e, em fevereiro, foi instalada a comissão especial para analisar o texto na Câmara. A expectativa do governo é de que a reforma seja aprovada no plenário da Casa em abril para, então, ser enviada ao Senado.



O Planalto defende que a reforma da Previdência funcionará como um complemento à proposta, já sancionada por Temer, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos.



Entre outros pontos, o governo propôs:



Idade mínima de 65 anos para o cidadão se aposentar;



Aposentadoria integral após 49 anos de contribuição;



Prazo mínimo de contribuição para o INSS de 25 anos.



Negociação



Pela manhã, o relator do texto na Câmara, Arthur Maia, se reuniu com Henrique Meirelles e Marcelo Caetano na Fazenda para tratar do assunto.



Segundo ele, ainda não há acordo entre governo e deputados sobre a definição da idade mínima para que trabalhadores tenham direito à aposentadoria pelo INSS. Uma das possíveis mudanças discutidas por membros do Congresso no texto enviado pelo governo Temer é a redução da idade mínima proposta para a aposentadoria.



O relator também voltou a afirmar que a regra de transição proposta pelo governo é "muito abrupta e merece um aprofundamento maior".



Pela proposta, a regra de transição atingiria mulheres acima dos 45 anos e homens acima dos 50, que teriam que contribuir para a Previdência por um prazo adicional, equivalente à metade do tempo que teriam que contribuir pelas regras atuai, para terem direito à aposentadoria pelo INSS.



Arthur Maia também defendeu que o texto passe a prever punição a gestores públicos, como prefeitos e governadores, que deem "calote" na Previdência.



De acordo com o relator, esse calote acontece quando uma prefeitura, por exemplo, deixa de repassar ao sistema previdenciário a contribuição patronal de 20%. Além dela, existe a contribuição previdenciária dos servidores, de 8%.



Maia informou que esses gestores não podem deixar de repassar os 8% da contribuição previdenciária dos servidores porque podem ser processados por apropriação indébita. Entretanto, disse, não há punição se deixarem de repassar os 20% da contrapartida patronal.



Lista



Leia abaixo a lista de presentes ao jantar, segundo a assessoria da Presidência:



Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Ministro interino Daniel Sigelmann, Casa Civil

Ministro Henrique Meirelles, Fazenda

Antônio Correio de Almeida, secretário-executivo do Ministério do Trabalho

Ministro Dyogo Oliveira, Planejamento

Ministro Antônio Imbassahy, Secretaria de Governo

Marcelo Caetano, secretário de Previdência Social

Senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado

Deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo no Congresso

Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do governo na Câmara

Deputado Baleia Rossi (PMDB-SP), líder do PMDB na Câmara

Deputado Ricardo Tripoli ( PSDB-SP), líder do PSDB na Câmara

Deputado Arthur Lira (PP-AL)

Deputado Aelton Freitas (PR-MG)

Deputado Marcos Montes (PSD-MG)

Deputada Tereza Cristina (PSB-MS)

Deputado Efrain Filho (DEM-PB)

Deputado Cleber Verde (PRB-MA)

Deputado Luis Tibé (PTdoB-MG)

Deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR)

Deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), líder da Maioria

Deputado Arthur Maia (PP-AL)

Deputado Daniel Vilela (PMDB-GO)

Deputado Rogério Marinho (PSDB-RN)

Deputado Carlos Henrique Gaguim (PMDB-TO)



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