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Logo no início de seu depoimento à CPI do Genocídio na manhã desta terça-feira (17), o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, afirmou que jamais apontou supernotificação nas mortes por Covid-19, desmentindo informação de seu próprio relatório que foi divulgado por Jair Bolsonaro (Sem partido).
“O arquivo não era um papel de trabalho, uma instrução processual, um documento oficial do TCU, nada do tipo. Era apenas um debate inicial e aberto, que foi considerado encerrado. Em nenhum momento afirmei que houve supernotificação de óbito por Covid-19 no Brasil, apenas havia compilado algumas informações públicas para provocar um debate junto à equipe de auditoria”, disse Marques, que ressaltou que obteve os dados “na internet”.
Filho do coronel reformado Ricardo Silva Marques, colega de Bolsonaro na turma de 1977 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), o auditor culpou o pai pelo vazamento do trabalho.
“Depois de trabalhar no arquivo Word, encaminhei-o ao meu pai via WhatsApp. Assim que ele viu a compilação de informações, perguntou qual era a fonte. E eu respondi que era eu, eu tinha compilado essas informações da internet. E logo em seguida mudamos de assunto”, afirmou.
“Relatório do TCU”
Em conversa com apoiadores na noite do dia 22 de junho, Bolsonaro disse que duvidava das 500 mil mortes pela Covid-19, marca macabra ultrapassada pelo Brasil à época, e citou o relatório produzido por Alexandre Marques para colocar em xeque a credibilidade dos números do próprio Ministério da Saúde.
“É uma jogada política. As mortes parecem que interessam à TV Funerária. Quando atingiu as 500 mil mortes… Eu lamento as mortes, mas eles parece que… Não se preocuparam, TV nenhuma se preocupou, em consultar aquele documento que é público, do TCU, que fala das supernotificações. Não se preocuparam”, afirmou.
Bolsonaro ressaltou que “só se preocuparam em falar que é um documento falso. Falso como? Foi feito pelo TCU”, disse ele, sem explicar, no entanto, que o autor do relatório fake foi afastado e virou alvo de um processo administrativo no próprio Tribunal de Contas.
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