1709 visitas - Fonte: PlantãoBrasil
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira (16) que a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar fraudes no INSS pode colocar em risco o andamento das investigações policiais em curso. Segundo ela, o processo pode ser contaminado por interesses políticos e vazamentos que comprometam o trabalho técnico da Polícia Federal.
“Uma CPMI, no ambiente de exploração política em que está sendo proposta, pode comprometer o sucesso da investigação policial, que deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações”, escreveu a ministra nas redes. Ela também alertou que a comissão pode atrasar o ressarcimento das vítimas, já que seus trabalhos devem durar seis meses.
A oposição tenta usar a CPMI para tentar colar as fraudes à atual gestão federal. No entanto, Gleisi reforçou que os esquemas de desconto indevido nos benefícios começaram durante o governo Bolsonaro e só foram desmantelados agora. “A engenharia criminosa contra os aposentados começou no governo passado e terminou neste, com o desmonte de uma quadrilha que operava no INSS”, destacou.
Mesmo com o alerta da ministra, o presidente Lula já convocou reunião no Palácio da Alvorada para definir a estratégia do governo. Participaram do encontro ministros e líderes da base, como Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Comunicação Social), Jaques Wagner (PT-BA) e a própria Gleisi.
A avaliação interna do governo é que não há mais como impedir a CPMI, e a estratégia agora será mostrar à população que o esquema de fraudes nasceu e cresceu sob Bolsonaro, e que está sendo combatido com firmeza pela atual gestão.
CPIs são prerrogativa do Legislativo e direito das minorias, instrumento importante em governos que não investigam ou acobertam desvios e corrupção, como ocorreu no governo anterior em relação a Covid e ao roubo dos aposentados no INSS. A engenharia criminosa contra os…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) May 16, 2025