14/10/2025 15:51

Valdemar escancara: “Sem a facada, a eleição era do Haddad”

8153 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, voltou a causar polêmica ao conceder uma entrevista repleta de gafes e declarações constrangedoras. Ao falar sobre as eleições de 2018, o chefe do partido de Jair Bolsonaro admitiu que o ex-capitão só venceu Fernando Haddad (PT) por causa do atentado sofrido em Juiz de Fora (MG). A fala, que viralizou nas redes, foi vista como um raro momento de sinceridade vindo de uma das figuras mais experientes — e condenadas — da política brasileira.

“Aquela eleição era do Haddad. Aí aconteceu a facada. Ele ficou conhecido no mundo inteiro”, afirmou Costa Neto, lembrando que estava no Marrocos quando o episódio ocorreu. O próprio dirigente reconheceu que Bolsonaro “não tinha como crescer” antes do atentado, evidenciando que o resultado eleitoral foi fruto de um evento trágico e não de mérito político.

Em outro trecho, Valdemar tentou minimizar a polêmica recente com Eduardo Bolsonaro, após ter dito à Folha de S.Paulo que o deputado queria “matar o pai” politicamente. Rindo do episódio, o presidente do PL tentou se justificar: “Foi força de expressão, mas a jornalista usou de má-fé”. Mesmo com o recuo, o comentário expôs as rachaduras internas do clã Bolsonaro e o enfraquecimento da liderança do patriarca sobre o partido.

A entrevista seguiu com mais um show de submissão ideológica. Ao comentar o uso da bandeira dos Estados Unidos por bolsonaristas, Costa Neto afirmou que “não vê problema algum”, alegando que “é a única chance de salvar o Bolsonaro”. Segundo ele, Donald Trump seria capaz de “resolver o problema do Brasil”, pois “os EUA são donos do mundo”. A fala, que beira o servilismo colonial, gerou revolta até entre eleitores conservadores mais moderados.

O dirigente ainda disse ser contra o “tarifaço” imposto por Trump ao Brasil, mas manteve a contradição de defender a dependência política do país em relação aos Estados Unidos. As declarações reforçam a visão entreguista e autoritária que domina o PL e parte da extrema-direita, disposta a colocar o Brasil de joelhos para agradar o ex-presidente americano.

Nas redes sociais, as falas de Valdemar foram classificadas como “sincericídio bolsonarista”, escancarando a mistura de cinismo, submissão e despreparo que domina o núcleo duro do PL. A entrevista virou piada entre internautas, que ironizaram o “novo porta-voz da colônia americana no Brasil”.

Com informações da Fórum

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