15/10/2025 14:23

Trump humilha Eduardo Bolsonaro e reforça laços "com os durões, não com os fracos"

4719 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou claro que seu alinhamento mudou. Em tom de deboche, afirmou a jornalistas no retorno da Cúpula da Paz do Oriente Médio, no Egito: “Eu me dou bem com os durões, não com os fracos”. A frase, dita no Air Force One, soou como um recado direto a Eduardo Bolsonaro — o deputado que tentou sabotar o Brasil em Washington para salvar o pai da prisão e acabou sendo descartado como um “peso morto” político.

Enquanto se gabava de suas relações com líderes mundiais e da capacidade de “resolver crises”, Trump elogiou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e exaltou o cessar-fogo em Gaza, que classificou como “um passo histórico para a reconstrução”. Nos bastidores, porém, o verdadeiro movimento foi outro: o republicano começa a reconstruir pontes com Lula e a se afastar de figuras tóxicas do bolsonarismo.

Eduardo Bolsonaro, que andava de chapéu alheio nos corredores da extrema-direita americana, viu seu castelo de areia ruir. Ao lado do fanfarrão Paulo Figueiredo, tentou convencer o governo Trump a aplicar sanções contra Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras. O plano, baseado na famigerada Lei Magnitsky, não apenas fracassou como irritou a Casa Branca.

O tabuleiro virou. Lula e Trump retomaram o diálogo na Assembleia da ONU, em setembro, e voltaram a conversar dias depois por telefone. A reaproximação, costurada com discrição, desmontou o jogo de Eduardo. Na reunião entre Trump e Javier Milei na Casa Branca, na terça (14), o americano elogiou Lula e ignorou completamente o deputado brasileiro, enquanto o argentino implorava ajuda financeira.

O golpe final veio do próprio Trump, que se afastou de vez do bolsonarismo, preferindo um relacionamento pragmático com o Brasil de Lula. A mudança agradou aos brasileiros: pesquisa Genial/Quaest mostrou que 49% da população considera que o presidente saiu politicamente mais forte após o encontro com Trump. Já Eduardo, o ex-“camisa 10” de Lula em tom de ironia, ficou reduzido ao papel que Trump reserva aos “losers”.

Com informações do DCM

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