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Enquanto a Petrobras aguarda o aval do Ibama para perfurar na Margem Equatorial, o governo federal avança na diversificação da matriz energética e abre novas frentes de exploração. Em audiência pública realizada em 9 de outubro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apresentou a expansão do mapa exploratório do país, que agora conta com 451 áreas distribuídas em 11 bacias sedimentares. A medida marca o início de uma fase “pós-Margem Equatorial”, com ênfase em inovação, sustentabilidade e participação de novos investidores.
Entre os destaques está a inclusão da Bacia do Tacutu, em Roraima, fronteira com a Guiana — região geologicamente ligada a uma das maiores descobertas de petróleo da última década, onde atuam gigantes como ExxonMobil, Hess e CNOOC. O diretor-geral da ANP, Pietro Mendes, classificou a iniciativa como “fundamental para reconstruir o portfólio exploratório do Brasil e fortalecer a competitividade do setor”.
A aposta, porém, não se limita ao petróleo. O gás natural e o hidrogênio entram com força na agenda energética. Nas bacias do Parnaíba (MA/PI) e do São Francisco (MG/BA), a ANP incluiu 60 novos blocos, abrindo caminho para ampliar a produção de gás e explorar o potencial de hidrogênio natural. Segundo a superintendente ambiental Vanessa Lemos, a nova fronteira mineira e baiana “desponta como estratégica para a transição energética e para o desenvolvimento de tecnologias limpas”.
Além disso, o Ministério de Minas e Energia prepara um decreto que regulamentará a exploração de hidrogênio, atribuindo à ANP o papel de autoridade reguladora do setor. A medida integra o plano do governo Lula para fortalecer a segurança energética nacional e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, em linha com os compromissos ambientais assumidos no âmbito do BRICS e do Acordo de Paris.
As chamadas “bacias maduras”, como Recôncavo (BA) e Potiguar (RN), também receberam atenção especial, com a reabertura de blocos destinados a operadoras independentes. A estratégia busca impulsionar a geração de empregos locais e dinamizar economias regionais, valorizando empresas brasileiras como PetroReconcavo, 3R Petroleum e Origem.
Mesmo com a indefinição sobre a Margem Equatorial, o governo mantém o equilíbrio entre segurança energética e responsabilidade ambiental. A ampliação da Oferta Permanente de Concessão (OPC) garante a continuidade dos investimentos e reforça o compromisso de um Brasil que cresce, inova e lidera o caminho da transição energética de forma soberana.
Com informações do Brasil 247
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