O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, provocou indignação ao minimizar mensagens racistas e misóginas trocadas por integrantes da ala jovem do Partido Republicano. As conversas, reveladas pelo Politico, mostram membros dos Young Republicans fazendo piadas sobre escravidão, estupro, violência política e até elogiando Adolf Hitler. Um dos participantes chegou a escrever: “Eu amo Hitler”.
Em vez de condenar o conteúdo, Vance tentou desviar o foco e atacar o democrata Jay Jones, candidato a procurador-geral da Virgínia. “Isso é muito pior do que qualquer coisa dita num grupo de faculdade, e o cara que disse isso pode virar procurador-geral”, afirmou o vice-presidente em sua conta no X (antigo Twitter), tentando equiparar os crimes de ódio de seus aliados a supostos “excessos da oposição”.
JD Vance downplayed a leaked group chat of young GOP leaders saying “I love Hitler,” referring to rape as “epic,” & calling Black people “Monkeys” and “watermelon people”:
A reação foi imediata. Parlamentares democratas e organizações de direitos civis acusaram Vance de relativizar discursos de ódio e defender neonazistas. O deputado Eric Swalwell foi direto: “JD Vance teve a chance de condenar seus apoiadores que dizem ‘eu amo Hitler’. Em vez disso, ficou do lado deles.” Nas redes, um usuário resumiu o sentimento geral: “O vice-presidente está defendendo nazistas porque gosta de nazistas. Eles todos gostam.”
A polêmica surge em um momento delicado para o Partido Republicano. Dias antes, foi descoberta uma bandeira americana com uma suástica no gabinete do deputado Dave Taylor, em Ohio, o que levou a uma investigação da polícia do Capitólio. Taylor alegou que o símbolo “não representa os valores do escritório”, mas o caso ampliou o constrangimento da legenda, já associada à extrema direita.
A postura de JD Vance, que anos atrás chamava Donald Trump de “Hitler americano”, simboliza o avanço do extremismo dentro das instituições republicanas e o completo alinhamento da atual administração à retórica do ódio. Para analistas, o vice-presidente tenta manter coesa a base mais radical do trumpismo — mesmo que isso signifique normalizar o nazismo em pleno século XXI.
Com informações do DCM
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