16/10/2025 13:31

Planalto faz limpa na Caixa com segunda rodada de demissões estratégicas

2382 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O governo Lula começou uma nova rodada de demissões estratégicas na Caixa Econômica Federal, atingindo apadrinhados políticos ligados ao Centrão. A medida, conduzida pela ministra Gleisi Hoffmann (PT) e pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI), ocorre após a derrota do Planalto na Câmara dos Deputados, que derrubou a medida provisória alternativa ao aumento do IOF.

Segundo o Globo, o Planalto pretende substituir aliados infiéis e renovar o comando de parte das 12 vice-presidências do banco estatal, que administra grandes programas sociais e obras regionais. Gleisi se reuniu na segunda-feira (14) com o presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado por Arthur Lira (PP-AL), que seguirá no cargo — mas aliados de deputados que votaram contra o governo já estão sendo desligados.

“É natural a demissão de quem não embarcar no projeto de reeleição do presidente Lula”, teria dito Gleisi a interlocutores.

Entre as trocas recentes, José Trabulo Júnior, ligado ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), foi exonerado do cargo de consultor da presidência, e Rodrigo Lemos, nome associado ao PL, deixou a vice-presidência de Sustentabilidade e Cidadania Digital, substituído interinamente por Jean Rodrigues Benevides. A pasta de Habitação, comandada por Inês Magalhães, técnica de confiança de Lula e responsável pelo Minha Casa, Minha Vida, segue intacta.

O movimento irritou parte do Centrão, que chamou as demissões de “pouco inteligentes”. Deputados afirmam que a estratégia pode dificultar futuras votações no Congresso, como as do Orçamento e dos vetos presidenciais. Já dentro do PT, há quem defendesse uma retaliação direta a Lira, mas Gleisi evitou o confronto, lembrando que o ex-presidente da Câmara se ausentou da votação e não votou contra o governo.

Agora, o Planalto faz um pente-fino em cargos de apadrinhados dos 251 deputados que votaram contra a MP. Em contrapartida, o atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tentou mediar um acordo para salvar o texto, passou a ser visto com simpatia por Lula e seus articuladores.

Com informações do DCM

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