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A reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, reacendeu o otimismo entre empresários e diplomatas sobre o futuro das relações comerciais entre os dois países. O encontro, realizado na quinta-feira (16), em Washington, é visto como mais um passo da diplomacia de reconstrução promovida pelo governo Lula, que tenta reverter os danos deixados pelo isolamento bolsonarista e recuperar o protagonismo internacional do Brasil.
Entre os temas em discussão, destacou-se a possível redução da tarifa de 18% sobre o etanol anidro importado dos EUA, um dos principais entraves comerciais atuais. O produto americano, feito de milho, é muito mais taxado que o etanol brasileiro, de cana-de-açúcar, que paga apenas 2,5% nos Estados Unidos. Especialistas apontam que uma regulação de cotas poderia equilibrar o mercado e abrir caminho para um acordo mais amplo.
Segundo analistas, essa redução tarifária seria um gesto político de boa vontade, capaz de amenizar as tensões causadas pelo tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros em julho. Fontes próximas às negociações afirmam que o ajuste técnico seria de baixo custo e alto impacto simbólico, ajudando a restabelecer o diálogo comercial em bases mais justas.
Outro ponto central da conversa entre Vieira e Rubio foi a cooperação em mineração e energia limpa. Os Estados Unidos demonstraram forte interesse em firmar um acordo de fornecimento de minerais estratégicos, como lítio, nióbio e terras-raras — essenciais para a produção de baterias, turbinas e tecnologia verde. Empresários do setor acreditam que um pacto semelhante ao celebrado recentemente entre EUA e Japão poderia reduzir a dependência chinesa e atrair investimentos para o Brasil.
Atualmente, o país exporta esses minerais com tarifas médias de 15%, mas há disposição para negociar reduções e estímulos à cadeia produtiva nacional. Para o Itamaraty, o movimento é uma oportunidade de consolidar o Brasil como parceiro-chave na transição energética global, equilibrando interesses econômicos e ambientais.
Embora os acordos ainda estejam em fase inicial, o governo Lula vê o diálogo com Washington como um avanço estratégico. A diplomacia brasileira busca manter uma relação de respeito e pragmatismo com os EUA, sem abrir mão da soberania nacional — um contraste direto com a subserviência que marcou o período bolsonarista.
Com informações do DCM
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