Dilma acertou o tom no debate da Record

Portal Plantão Brasil
20/10/2014 11:16

Dilma acertou o tom no debate da Record

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



Vou ser bem direto e pouquíssimo passional na análise do debate encerrado há pouco na Record.



Não mexe em nada com mais de 80% dos eleitores que, a esta altura, têm seu voto decidido para o próximo domingo.



A esta altura, exceto por revelações bombásticas, o clima é mais importante que os argumentos.



Como nada do que foi dito na Record foi bombástico, também não são bombásticos os efeitos do debate.



O que não quer dizer que são ou serão pequenos.



Dilma se moderou nas citações numéricas e estatísticas e produziu, de novo, fatos concretos.



Sobretudo na questão da segurança, como já postei aqui, ainda durante o debate.



Os argumentos de Aécio se desmontam com os números e é provável que a própria mídia os tenha de repercutir.



Mas, insisto, isso não é o essencial.



O essencial é que as pessoas possam se sentir seguras com Dilma, e sentir-lhe a segurança.



A eleição está dividida e como em toda a situação dividida, a confiança que se percebe e se transmite é decisiva.



Aécio pareceu-me bem menos seguro e a muitos deve ter dado também esta sensação.



Claro que não aos áulicos, mas os áulicos servem para bater palmas no estúdio, não mais que isso.



O fato é que a insegurança mudou de lado, em duas semanas.



Depois do desempenho ”surpreendente” de Aécio no primeiro turno (embora muitos já estivéssemos afirmando muito antes que ele e não Marina iria ao segundo turno) e do apoio que o tucano recebeu de praticamente todas as candidaturas, exceto a de Luciana Genro, a pergunta já não é mais se Dilma terá condições de resistir-lhe.



Mas se ele terá condições de ultrapassá-la.



Porque, mais que o resultado que se publica, a gente percebe no comportamento dos candidatos quando ele sabe está atrás ou à frente nas intenções de voto, porque tem dados muito mais precisos e confiáveis do que nós.



Aécio já não era o “desafiador”.



Mas o desafiante.



E nisso, ele foi xoxo.



Não poderia, como ocorreu, ter recebido “explicações” da candidata sobre o que significavam as coisas sobre as quais falava, como os bancos públicos, por exemplo.



Nada pior do que se mostrar despreparado. O que, apesar da oratória limitada, Dilma não se mostra.



Ele, muito mais do que ela, precisaria ter exibido solidez, porque depende de um “clima”.



E não exibiu justamente porque tem pouca solidez.



O debate do SBT, como o da Band, teve o tom certo para mobilizar apoiadores.



Aécio vinha de seu momento e, pelo visto, não conseguiu capitalizar o favoritismo com que emergiu das urnas do primeiro turno, quando poderia ter abatido a estabilidade que, há meses, a candidatura Dilma apresentava, justamente por ter esta solidez.



Seria uma nova “onda” e a “onda” foi quebrada com o confronto.



Já o da Record mirou os eleitores, não para os militantes.



E, para eles, Dilma acertou o tom.



Recuperou a segurança, a firmeza, a imagem tranquila.



A de favorita.



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