1046 visitas - Fonte: Jornal I9
A empresa Pricewaterhouse Coopers (PwC) contratada pelo Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), e que descobriu suposto rombo de R$ 253 milhões nas contas do Estado, deixado pelo governo passado, é a mesma contratada pelos irmãos Marquinhos e Fabio Trad no caso Energisa.
Segundo o levantamento da PwC, a despesa de R$ 253 milhões foi apagada do orçamento estadual mesmo sendo comprovada por meio de emissão de notas fiscais e atestados de recebimentos. O mesmo valor levantado pela auditoria da empresa contratada foi confirmado pelo Balanço Geral do Estado, por meio de relatórios de gestão fiscal da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
Estranha auditoria e suas coincidências
A empresa PwC também foi contratada pelo deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) nos supostos desvios milionários na Enersul, que diante das denúncias levantada pela PwC pediu a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa para apurar as ilegalidades. A análise foi feita em contratos firmados nos anos de 2010, 2011 e 2012.
Estranhamente as auditorias feitas pela PwC aconteceu de forma simultânea e sincronizada nas contas da empresa Energisa, e do Governo Puccinelli. Longe da gente querer defender este ou aquele governo ou empresa, mas fica claro um jogo de interesses por detrás dessas auditorias, sendo que a empresa PwC do Brasil é representada pelo Escritório de Advocacia Sérgio Bermudes, que em Campo Grande (MS), o escritório tem como sócio e parceiro o advogado Ernesto Borges Neto, ex-procurador-geral do município na administração Nelson Trad Filho, irmão de Marquinhos Trad e Fábio Trad, responsáveis pela contratação da empresa de consultoria no caso Energisa.

Em tempo
A empresa PwC é acusada nos EUA e na Europa por diversos escândalos, que vai desde financeiro e fraudes em auditorias. Acompanhe:
A Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA acusou a Morgan Keegan de supervalorizar fraudulentamente títulos hipotecários de alto risco ("subprime") em vários de seus fundos de investimento, há um ator importante nessa saga que ainda não deu um pio.
Trata-se da PricewaterhouseCoopers (PwC), uma das quatro grandes firmas de auditoria que abençoou as demonstrações financeiras dos fundos referentes ao ano fiscal de 2012. O engraçado é que, ao menos oficialmente, a PwC continua firme em sua posição de que nada havia de errado com os números dos fundos. Clique aqui
Luxemburgo Leaks
A empresa PricewaterhouseCoopers na qual ajudou a instalar a CPI da Energisa e responsável pela auditoria nas contas do governo Puccinelli, é uma das principais envolvidas no escândalo financeiro internacional chamado Luxemburgo leaks, em que grandes empresas transnacionais evitaram o pagamento de impostos através de um artifício legal chamado elisão fiscal.
A Luxemburgo leaks é um escândalo financeiro que revelou, em novembro de 2014, os detalhes das operações secretas de 343 grandes empresas transnacionais para evitar o pagamento de impostos. As operações utilizaram manobras legais desenvolvidas por tributaristas e conhecidas como elisão fiscal e planejamento tributário.
O escândalo foi revelado por 80 jornalistas de 36 países, que analisaram documentos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), mostrando que as empresas economizaram muitos bilhões de dólares que deveriam ser pagos em impostos. O ICIJ é o mesmo consórcio que revelou o maior escândalo financeiro mundial, o Swissleak. Clique aqui
Ré nos EUA no escândalo Petrobras
A Corte de Nova York divulgou a ação coletiva consolidada da Petrobras, que além da petroleira inclui como réus os ex-presidentes Graça Foster e José Sergio Gabrielli, além de outros 13 executivos, 15 bancos que coordenaram emissões de papéis da empresa, a firma de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC). Cique Aqui - Ação contra Petrobras nos EUA inclui Graça, Gabrielli e PwC.
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