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"Equipe de Haddad conversou com traficantes para agir na cracolândia", acusa a Folha de S. Paulo
Por Flavio Lobo
E o que a reportagem apresenta como evidência dessa negociação entre traficantes e Prefeitura?
Relatos de pessoas não identificadas que dizem, segundo os repórteres, que entre os frequentadores da Cracolândia que conversaram com representantes da prefeitura havia quem, por não ser "zumbi", não podia ser "viciado" e, portanto, só podia ser traficante.
Não é piada nem pegadinha.
Assim escrevem os repórteres da Folha:
"Segundo alguns dos envolvidos nessas conversas prévias com traficantes, foi possível identificá-los porque tinham características diferentes dos viciados -geralmente debilitados fisicamente e sem condições de diálogo.
'Não eram como zumbis', disse um dos responsáveis pela operação da prefeitura".
Concluímos, portanto, que, pelos critérios desse tipo de jornalismo, políticas públicas que impliquem diálogo com grupos marginalizados devem ser liminarmente criminalizadas por promover interlocução com possíveis marginais.
(E, de quebra, percebemos que expressões carregadas de preconceito, estigma e ignorância são validadas por repórteres e editores de veículos que se pretendem sérios, modernos e democráticos. Sendo assim, não devemos nos assustar se termos como "pederasta", "aidético", "leproso" e "crioulo" forem admitidos no vocabulário das grandes - ainda que cada vez menores - redações brasileiras).
Com base nesta "grave denúncia jornalística", o glorioso Andrea Matarazzo, líder do PSDB na Câmara, já acusa diretamente o prefeito de negociar com traficantes.
E não será surpresa se, em breve, o Ministério Público paulista, sempre atento a certos noticiários, entrar nesse barco também.
O momento político, social e midiático que estamos atravessando exige, realmente, um estômago de aço.
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