Novo chefe-geral da PF é ligado ao PSDB e vai salvar tucanos de processos

Portal Plantão Brasil
9/11/2017 05:39

Novo chefe-geral da PF é ligado ao PSDB e vai salvar tucanos de processos

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Em maio de 2016, o Brasil descobriu o conteúdo de uma conversa entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. O diálogo descortinava o fato de que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) era, ao menos em parte, uma estratégia para barrar as investigações da Operação Lava Jato. “Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria“, disse Jucá. “É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional”, respondeu Machado. “Com o Supremo, com tudo”, concluiu o parlamentar.







Após o impeachment, diversas formas de pressão contra a Lava Jato foram desencadeadas. Uma delas seria a troca do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Nesta terça-feira 8, a substituição do comandante da PF foi oficializada. Daiello deixará o cargo no qual estava desde 2011 e será substituído por Fernando Segovia.



O nome de Segovia não será recebido sem controvérsias. Entre as diversas funções que ocupou como delegado, como adido policial na África do Sul, está a de superintendente da PF no Maranhão, estado da família Sarney. Segundo múltiplos relatos publicados pela imprensa, Segovia seria ligado ao ex-presidente José Sarney (PMDB).



De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo em 15 de setembro, “a relação com Sarney” gerava resistências ao nome de Segovia dentro da Polícia Federal. “Nos bastidores”, afirmou o jornal, “Segovia era visto como o nome que o PMDB queria indicar para a vaga de Daiello.”



Dias antes, a revista Veja afirmou que havia “forte movimentação da alta cúpula do PMDB” em torno do nome de Segovia. Outro que defendia o novo diretor da PF para o cargo era o ministro da Justiça de Temer, Torquato Jardim. Jardim foi advogado da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney, filha de José Sarney.



A troca no comando da Polícia Federal se dá no momento em que a cúpula do PMDB é alvo da Lava Jato. Segundo um relatório da própria Polícia Federal, o presidente da República, Michel Temer, tinha um papel de comando no chamado “quadrilhão do PMDB”.







Um relatório da PF sobre o caso compilou as diversas acusações contra Temer, nas quais aparecem também outros cinco peemedebistas: os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ), Geddel Vieira Lima (BA) e Henrique Alves (AL).



Os três últimos estão presos. Padilha e Moreira Franco, assim como Temer, se livraram momentaneamente do processo depois de a Câmara rejeitar a denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça apresentada pela Procuradoria-Geral da República.



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