Homenageado por Flávio Bolsonaro, aliado de Adriano da Nóbrega é assassinado a tiros no Rio

Portal Plantão Brasil
20/3/2021 19:48

Homenageado por Flávio Bolsonaro, aliado de Adriano da Nóbrega é assassinado a tiros no Rio

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8137 visitas - Fonte: Veja

O 2º sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro Luiz Carlos Felipe Martins foi assassinado a tiros na porta de casa na manhã deste sábado, 20, em Realengo, na Zona Oeste da cidade. Segundo testemunhas, um carro passou atirando e matou o PM – outro policial militar e uma mulher também foram atingidos pelos disparos, mas foram socorridos e encaminhados ao Hospital Estadual Albert Schweitzer, também na Zona Oeste.







A morte de Martins ocorreu um dia depois de o site The Intercept Brasil revelar, a partir de uma série de escutas telefônicas, que ele era o gestor do espólio criminoso do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, também assassinado a tiros em uma operação policial na Bahia, em fevereiro de 2020, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas pelas autoridades. Tal como Adriano, Martins também foi congratulado com a Medalha Tiradentes pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos), à época do PP. A moção é a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).



Segundo a reportagem do site, “Adriano transformou o Escritório do Crime numa espécie de holding, investindo os lucros da milícia em propriedades rurais, gado, cavalos de raça, posto de gasolina, restaurantes, revenda de veículos, depósitos de bebidas, academia de ginástica, clínica veterinária, empresa de crédito, casas de material de construção, construtoras de pequeno e médio porte, além de duas empresas voltadas ao aluguel de imóveis próprios. Uma delas com capital social de R$ 11 milhões e endereço na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, no Rio. O espólio amealhado pelo ex-caveira conta com bens até em Miami, nos Estados Unidos”.







A reportagem aponta, ainda, que uma venda de 85 cabeças de gado pertencentes a Adriano, 12 dias após a sua morte, rendeu ao grupo criminoso pouco mais de meio milhão de reais. Nas escutas telefônicas, Martins, tido como homem de confiança do ex-capitão da PM, é citado por supostamente não saber que o espólio de Adriano tinha 598 mil reais em dinheiro vivo.



Assassinado hoje, Martins também aparece em outro episódio revelado pelo site. Em 15 de fevereiro de 2020, seis dias após a morte do ex-capitão na Bahia, o sargento Martins conta a um interlocutor que “Adriano dizia que se fodia por ser amigo do Presidente da República”, Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com a documentação obtida pelo The Intercept Brasil, as escutas foram encerradas pelo Ministério Público do Rio após o episódio.



Histórico policial



A ficha corrida de Martins também era grande, tal como a de seu aliado Adriano. Ambos os amigos eram integrantes de um grupo conhecido como “guarnição do mal” por moradores da Zona Norte do Rio – todos eles foram homenageados com a Medalha Tiradentes em 2003 pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro no mesmo dia. Outro nome que também foi agraciado na mesma data, mas que não fazia parte da “guarnição do mal” era o de Fabrício Queiroz, policial militar da reserva que se tornou assessor de Flávio e é apontado como o operador do esquema de corrupção conhecido como “rachadinhas” no gabinete do então deputado na Alerj.



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