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A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou falhas significativas no processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) pela Petrobras ao fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, durante a administração de Jair Bolsonaro, conforme reportagem do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. A transação, concluída em novembro de 2021, envolveu a venda da refinaria por US$ 1,65 bilhão, resultando na mudança de nome para Refinaria de Mataripe e na gestão pela Acelen, empresa ligada ao Mubadala Capital.
Curiosamente, durante visitas em 2019 e 2021, Bolsonaro recebeu presentes valiosos da família real dos Emirados Árabes, incluindo um relógio luxuoso e esculturas preciosas. A venda da RLAM fazia parte do Projeto Phil da Petrobras, que visava a venda de oito refinarias, representando metade da capacidade de refino do Brasil, em um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para diminuir o domínio da Petrobras no setor.
A CGU apontou que a avaliação da refinaria, realizada durante os primeiros meses da pandemia, resultou em um valor abaixo do mercado devido à incerteza global no setor de petróleo e na economia. O relatório da CGU criticou a decisão da Petrobras de prosseguir com a venda da RLAM durante a pandemia, enquanto buscava prorrogação para outras seis refinarias.
A análise da CGU revelou uma grande variação entre os valores mínimo e máximo atribuídos à RLAM, sugerindo que a decisão de venda não se baseou apenas nesses números. A CGU descreveu a situação como uma "tempestade perfeita" para a perda de valor da refinaria, influenciada pelo contexto crítico da pandemia e premissas pessimistas para o PIB.
O relatório também destacou a inusualidade do uso de cenários para a privatização, uma prática não comum em privatizações federais no Brasil nos últimos 30 anos, evidenciando fragilidades no processo de avaliação da RLAM.
Com informações do Brasil 247.
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