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A Justiça de São Paulo determinou que a Igreja Universal do Reino de Deus devolva R$ 204,5 mil a uma fiel que foi coagida a doar todo o seu patrimônio em busca de "salvação espiritual". A decisão, baseada na legislação civil, reconhece que a vítima foi alvo de pressões psicológicas para entregar bens acumulados ao longo de 30 anos de trabalho.
A mulher, identificada como F.S., começou a frequentar a igreja em 1999, buscando apoio espiritual. Entre 2017 e 2018, influenciada por discursos de pastores que associavam sacrifícios financeiros a bênçãos divinas, entregou todo o seu dinheiro à instituição. No processo, afirmou que foi levada a acreditar que a falta de doações comprometeria sua fé e sua vida.
A Igreja Universal tentou se defender alegando que as doações foram voluntárias, mas o juiz Carlos Bottcher considerou que houve manipulação emocional e psicológica, tornando os atos nulos. A sentença ordena a devolução do valor integral, com correção monetária e juros. O Código Civil prevê a anulação de doações que prejudiquem a subsistência do doador ou de seus herdeiros.
Casos semelhantes já ocorreram. Em 2013, a Justiça determinou a devolução de R$ 74,3 mil a uma mulher que, após uma separação, foi induzida a entregar todo o dinheiro que tinha. Outro caso envolveu um casal no Rio Grande do Sul que, em desespero financeiro, foi persuadido a vender bens para doar à igreja, resultando em uma indenização de R$ 20 mil por danos morais.
Com informações do UOL
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