704 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A Polícia Federal investiga o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, por suposta irregularidade durante sua gestão. Um servidor da Abin relatou ter sido constrangido por uma assessora de Ramagem a transportar três relógios de luxo do Catar para o Brasil. O agente não especificou os modelos nem informou se os itens foram devidamente declarados na entrada do país, o que, se não ocorreu, pode configurar sonegação fiscal.?
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Em resposta, a defesa de Ramagem afirmou que os relógios foram recebidos, catalogados e encaminhados ao museu da Abin. A Polícia Federal pretende confrontar essa versão com documentos internos e registros de entrada dos bens para verificar se os presentes foram incorporados ao patrimônio da agência ou desviados.?
Além disso, a investigação apura se funcionários nomeados por Ramagem tinham ligação com uma empresa contratada pela Abin. Há suspeitas de que alguns servidores teriam recebido pagamentos irregulares dessa empresa durante o período em que atuavam na agência.?
O atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, também é alvo do inquérito. Ele será ouvido na quinta-feira (17) sob suspeita de ter mandado destruir provas que poderiam comprometer a antiga gestão. A oitiva será uma das últimas etapas da investigação, que pode resultar em novas acusações formais nos próximos dias.?
A chamada "Abin paralela" teria ocorrido durante o governo Bolsonaro, com a agência sendo usada para monitorar jornalistas, ministros do STF e adversários políticos do então presidente. Policiais federais e servidores da agência teriam invadido telefones celulares sem autorização judicial, utilizando a ferramenta FirstMile para acompanhar os passos de pessoas consideradas desafetas de Bolsonaro.?
A conclusão do inquérito pode ter desdobramentos jurídicos e políticos para figuras do alto escalão da gestão anterior. A Polícia Federal está na fase final da apuração e deve ouvir outras pessoas envolvidas nos próximos dias.?
Com informações do DCM
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