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O projeto de lei da anistia aos criminosos do 8 de janeiro, que tenta livrar Jair Bolsonaro e sua quadrilha das consequências pelos atentados contra a democracia, está com os dias contados na Câmara. O governo Lula, por meio de sua base aliada, montou uma estratégia eficiente para enterrar de vez essa aberração jurídica.
Embora os bolsonaristas tenham obtido 265 assinaturas no requerimento de urgência — oito a mais do mínimo necessário —, a decisão final depende do presidente da Câmara, Hugo Motta. Apesar de inicialmente se opor à pauta, Motta deu sinais de rendição ao bolsonarismo ao anunciar que deixaria a decisão nas mãos do colégio de líderes, o que poderia facilitar a tramitação da proposta absurda.
Diante do risco, o Planalto decidiu agir. A articulação política da base governista sabe que o número que realmente importa é o de votos no plenário, e não o das assinaturas. Assim, bastaria convencer de 12 a 15 parlamentares, especialmente os que se dizem governistas e assinaram o pedido, a mudar de lado e rejeitar a urgência durante a votação.
A ferramenta usada é simples e corriqueira na política: ajuste de cargos e liberação de emendas. Muitos deputados assinaram o pedido já prevendo esse tipo de barganha, o que evidencia o oportunismo rasteiro que move grande parte do centrão.
Segundo fontes do governo e do Congresso, a manobra tem grandes chances de êxito. A maioria dos parlamentares da lista não é bolsonarista raiz, e muitos já demonstram incômodo com a pressão e ameaças de figuras da extrema direita. Com isso, a expectativa é que a proposta seja derrotada com margem segura.
Caso se concretize, será uma vitória da democracia contra a tentativa desesperada de Bolsonaro e seus cúmplices de escaparem das consequências por seus crimes.
Com informações da Fórum
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