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Em mais um revés para o bolsonarismo dentro do Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou o afastamento por 60 dias do desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por conduta incompatível com a magistratura. Buhatem foi punido por divulgar mensagens falsas contra o presidente Lula e por propagar desinformação sobre as urnas eletrônicas, alinhando-se ao discurso golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O magistrado, que aparece em fotos jantando com Bolsonaro e aliados em Dubai, chegou a associar Lula à facção criminosa Comando Vermelho em mensagens enviadas por WhatsApp — uma acusação absurda, sem qualquer fundamento, típica da retórica bolsonarista que tenta minar a democracia e a confiança nas instituições.
O CNJ entendeu que as manifestações do desembargador ferem a Constituição e as regras que regem a conduta dos juízes, por representarem indevida preferência político-partidária. Segundo o relator Alexandre Teixeira, mesmo que outras denúncias contra Buhatem — como tráfico de influência e favorecimento familiar — não tenham sido acolhidas por falta de provas, o comportamento nas redes sociais foi grave o suficiente para justificar a penalidade.
Apesar do voto inicial prever afastamento por 90 dias, a maioria dos conselheiros optou por aplicar 60 dias de suspensão. Mesmo afastado, Buhatem continuará recebendo parte dos vencimentos. A decisão expõe mais uma vez como parte da toga se colocou a serviço da extrema direita, comprometendo a isenção e o respeito que a Justiça brasileira exige de seus membros.
O afastamento de Buhatem é simbólico: um recado claro de que não há mais espaço para juízes bolsonaristas que, em vez de respeitar a Constituição, preferem se alinhar a mentiras e a golpismos.
Com informações da Agência Brasil
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