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O Brasil avança mais uma vez rumo à soberania financeira e ao fortalecimento das relações estratégicas com países do Sul Global. Nesta terça-feira (13), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o presidente do Banco Popular da China, Pan Gongsheng, firmam em Pequim um acordo de swap de moedas, que permitirá a troca de reais por yuan e vice-versa, oferecendo mais liquidez ao sistema financeiro em momentos de necessidade.
A operação, autorizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), terá validade de cinco anos e poderá alcançar até R$ 157 bilhões. Na prática, o PBoC poderá depositar yuan em uma conta especial no Brasil e receber a quantia correspondente em reais, conforme regras pré-estabelecidas. O modelo garante mais flexibilidade financeira e reduz a dependência do dólar, contribuindo com a desdolarização das trocas globais.
O Banco Central brasileiro informou que o acordo será ajustado com base nas taxas de câmbio, juros e prêmios de risco dos mercados nacional e internacional. Além disso, ressaltou que essa iniciativa segue uma tendência adotada por bancos centrais desde a crise de 2008, e já negocia acordos semelhantes com outros países aliados.
A China, por sua vez, possui mais de 40 acordos de swap com autoridades monetárias de países como Canadá, Chile, África do Sul, Japão, Reino Unido e até com o Banco Central Europeu. Trata-se de uma prática comum que amplia a cooperação financeira internacional e fortalece laços diplomáticos, contrariando os dogmas neoliberais e dependentes impostos ao Brasil por gestões anteriores.
O Brasil já tem acordo semelhante com o Federal Reserve, chamado FIMA, que permite acesso a dólares em troca de títulos públicos. Agora, com o pacto com a China, o país diversifica seus canais de liquidez e reforça sua autonomia econômica. A iniciativa faz parte da estratégia do presidente Lula de reposicionar o Brasil no cenário internacional com protagonismo, inteligência e pragmatismo.
Em nota, o BC ressaltou que pretende firmar mais acordos do tipo com outros países.
“Esses acordos de swap de moedas têm se tornado comuns entre os bancos centrais, especialmente desde a crise de 2007. O BC já tem conversas com outros bancos centrais para a realização de acordos semelhantes ao que será assinado com o PBoC amanhã”, informou o BC em nota.
Gabriel Galípolo integra a comitiva oficial de Lula em visita à China. Além de assinar o swap nesta terça-feira, ele também participará, na quinta (15), de um seminário sobre os Panda Bonds — os títulos soberanos chineses voltados ao mercado internacional.
Com informações da Fórum
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