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As consequências do tarifaço de Donald Trump já estão batendo na porta dos próprios norte-americanos. A inflação nos Estados Unidos disparou em junho, atingindo 2,7% no acumulado de 12 meses, o maior índice desde fevereiro. A alta, puxada principalmente pelos setores mais impactados pelas tarifas impostas por Trump, gerou forte reação entre analistas e aumentou a pressão sobre o governo ultranacionalista que flerta com o trumpismo autoritário.
Eletrodomésticos, móveis e roupas foram alguns dos produtos que mais encareceram. Enquanto isso, a inflação núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também subiu 2,9% em relação a junho de 2024. O custo de vida está pesando no bolso do povo americano — exatamente o oposto do que Trump prometia com sua "guerra comercial" contra o resto do mundo.
No meio desse caos, Trump ameaça ampliar ainda mais o desastre com uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir de agosto. Entre os alvos principais estão o café, a carne e o suco de laranja. O café, em especial, já sofreu forte alta por causa da seca no Brasil e no Vietnã: uma embalagem de 450 gramas saltou de US$ 5,99 para US$ 7,93 em apenas um ano. Com o tarifaço, esse preço pode subir ainda mais e gerar revolta entre os consumidores e empresários norte-americanos.
Especialistas alertam que a escalada protecionista de Trump pode empurrar os Estados Unidos para uma nova recessão. O pacote de tarifas afeta também países como Canadá, México, Japão, Coreia do Sul, União Europeia e Tailândia. Se implementadas em 1º de agosto, as medidas podem provocar uma reação em cadeia, com retração do consumo e queda da atividade econômica em escala global.
Enquanto joga gasolina no mercado internacional, Trump também promove o desmonte interno. A Suprema Corte autorizou demissões em massa no Departamento de Saúde e no Departamento de Educação, afetando diretamente cerca de 21 mil servidores públicos. A justificativa seria "enxugar" o Estado, mas o efeito prático será o colapso de serviços básicos para a população — especialmente no momento em que a inflação mais castiga os lares norte-americanos.
Esse conjunto de medidas mostra que o trumpismo é, na prática, tão destrutivo quanto o bolsonarismo: ambos atacam os mais pobres, sabotam políticas públicas e servem a interesses privatistas. A diferença é que, nos Estados Unidos, a conta está chegando mais rápido. E, se depender do povo americano, a fatura será cobrada já nas urnas.
Com informações do Brasil 247
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