Arquivos secretos revelam que dinheiro dos EUA bancou o golpe contra Dilma

Portal Plantão Brasil
16/7/2025 10:51

Arquivos secretos revelam que dinheiro dos EUA bancou o golpe contra Dilma

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Documentos inéditos encontrados nos Estados Unidos revelam uma extensa operação internacional que financiou e articulou a implantação do neoliberalismo no Brasil, com apoio direto de órgãos do governo norte-americano e de grandes corporações. Pesquisadores brasileiros encontraram 143 caixas de arquivos na Universidade de Stanford que comprovam a atuação sistemática da Atlas Network e seus braços, como a USAID, CIP e NED, no financiamento de institutos liberais, produção de legislação e manipulação da opinião pública brasileira desde os anos 1990.

A Atlas Network, criada nos EUA a partir de um projeto britânico liderado por Anthony Fisher, cresceu de uma fundação modesta para uma poderosa rede com orçamento superior a 28 milhões de dólares em 2023. A estratégia da Atlas era doutrinar intelectuais, jornalistas e empresários com ideais neoliberais, antes mesmo de entrar na política. Um dos marcos da ofensiva foi o Fórum da Liberdade de 2010, onde foram definidas metas como influenciar legislações, criar redes de ação online, atacar políticas sociais e preparar o terreno para as manifestações de 2013 e o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

Entre os principais nomes envolvidos estão Salim Mattar, Paulo Guedes e Ricardo Salles, todos ligados a institutos neoliberais como o Instituto Millenium e o Instituto Liberal. Parte desses grupos ajudou a redigir leis como a Lei da Liberdade Econômica, enquanto ocupavam cargos-chave no governo Bolsonaro, que foi celebrado pela Atlas como uma “reversão ao socialismo” na América Latina. A fundação se referiu ao governo Bolsonaro como “uma equipe dos sonhos do livre mercado”.

As correspondências entre figuras como Margaret Thatcher, Friedrich Hayek e Milton Friedman mostram que a ideia original era evitar a via partidária e priorizar a manipulação das ideias. No Brasil, esse projeto se materializou em think tanks como MBL, Estudantes pela Liberdade, Instituto de Formação de Líderes, entre outros, que se apresentavam como movimentos “espontâneos” enquanto recebiam milhões de dólares de fundações como a ExxonMobil, Coca-Cola, Philip Morris e Pfizer.

A operação neoliberal também envolveu a infiltração no Congresso, com o envio de boletins legislativos mensais — como a “Série Notas”, redigida por economistas formados na Universidade de Chicago — influenciando diretamente votações de parlamentares. Um dos coordenadores era colega de Paulo Guedes em Chicago. Esses materiais tinham como objetivo moldar a legislação brasileira aos interesses do capital estrangeiro e enfraquecer direitos sociais e trabalhistas.

Além disso, parte dos recursos foi usada para desinformar sobre mudanças climáticas e garantir a presença de lobistas em conferências internacionais, como as COPs do clima. A rede também atuou na América Latina, formando lideranças como Javier Milei e José Antonio Kast. No Brasil, a estratégia foi clara: desmobilizar sindicatos, criminalizar políticas públicas e ocupar o Estado com operadores do mercado. A descoberta joga luz sobre o real motor por trás de eventos que mudaram a história política recente do país.

Assista ao vídeo aqui:

Com informações do Plantão Brasil/YouTube

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