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Em mais um episódio da perigosa aliança fake entre Jair Bolsonaro e Donald Trump, a Casa Branca avalia aplicar sanções contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet, após ele recomendar a condenação do ex-presidente por sua participação no golpe frustrado de 2023. A movimentação ocorre ao mesmo tempo em que o governo Trump ameaça também o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acusado por bolsonaristas de “perseguição”, apenas por cumprir a Constituição.
As punições em estudo incluem a aplicação da Lei Magnitsky e da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, mecanismos usados pelos Estados Unidos para retaliar autoridades estrangeiras que supostamente violam direitos humanos ou cometem corrupção. A ironia é gritante: os EUA cogitam punir agentes públicos brasileiros que estão justamente combatendo uma organização criminosa chefiada por Bolsonaro, responsável por atentar contra o Estado Democrático de Direito.
Eduardo Bolsonaro, que fugiu para os EUA em março, tem atuado diretamente nas tratativas com republicanos aliados de Trump. Instalado em Washington, o filho do ex-presidente age como um lobbista a serviço dos interesses mais reacionários da política americana e brasileira. Enquanto isso, Bolsonaro tenta mobilizar a extrema-direita internacional para pressionar instituições brasileiras, num claro ataque à soberania nacional.
No domingo (14), Paulo Gonet enviou ao STF um parecer devastador, pedindo a condenação de Bolsonaro por quatro crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e destruição de patrimônio público tombado. O procurador-geral não deixou dúvidas ao classificar o ex-presidente como “líder da organização criminosa” que tentou destruir as bases democráticas do país.
Segundo Gonet, Bolsonaro foi o cérebro da tentativa de golpe, comandou os manifestantes bolsonaristas, utilizou órgãos do Estado como instrumentos pessoais e colocou em prática, desde 2021, um plano para subverter a ordem constitucional. A peça afirma com clareza que a instabilidade social após as eleições de 2022 foi fruto de uma estratégia consciente, construída ao longo dos anos.
A ofensiva golpista teve ainda o apoio velado de Trump, que na semana passada classificou as ações do STF como “vergonhosas” e, como retaliação, anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Essa interferência internacional não é apenas inaceitável — é uma afronta à soberania do Brasil. Cabe agora ao povo e às instituições resistirem a mais essa tentativa de sabotagem da justiça por parte da extrema-direita global.
Com informações do DCM
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