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O Partido Liberal, comandado por Jair Bolsonaro, destinou R$ 600 mil do fundo partidário ao advogado Sérgio Henrique Cabral Sant’Ana, sócio de Eduardo Bolsonaro no Instituto Conservador-Liberal (ICL). Os pagamentos foram realizados ao longo de 2024 em sete parcelas e ocorreram através de uma sociedade individual de advocacia que compartilha sede e meios de contato com o instituto bolsonarista.
Segundo o PL, o dinheiro público foi usado para pagar "assessoria jurídica" à bancada na CPMI do 8 de janeiro, à Liderança da Oposição e às comissões de Constituição e Justiça e de Educação. Porém, Sant’Ana, mais conhecido como “chanceler do bolsonarismo”, usou o período para circular em viagens internacionais e articular eventos da extrema-direita, como o CPAC Brasil, financiado com dinheiro público.
Em 2023, a fundação do PL também bancou o evento do CPAC, sob o argumento de “difundir valores conservadores”. Sant’Ana foi peça-chave na conexão entre a extrema-direita brasileira e o trumpismo, incluindo visitas à Heritage Foundation e apoio direto às políticas agressivas de Donald Trump contra o Brasil.
Eduardo Bolsonaro, por sua vez, segue em campanha internacional contra o próprio país, inclusive agradecendo a Trump pela imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Enquanto isso, o Tribunal de Contas da União arquivou um pedido de investigação por gastos de Eduardo nos EUA, por estar abaixo do valor mínimo exigido.
A rede que se formou entre o clã Bolsonaro, o PL e a extrema-direita global revela o uso de dinheiro público para promover ideologias autoritárias e sabotagem institucional. O bolsonarismo segue operando como sucursal do trumpismo no Brasil, em ataques à soberania e à democracia.
Com informações do DCM
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