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A crise no bolsonarismo se aprofundou nesta sexta-feira (18), após uma nova operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A ação ocorre em meio à escalada de tensões diplomáticas com os Estados Unidos, após o tarifaço anunciado por Donald Trump contra o Brasil.
A PF realizou buscas na casa de Bolsonaro, em Brasília, e na sede do Partido Liberal, e encontrou R$ 8 mil e US$ 14 mil em espécie, além de um pen drive escondido no banheiro. Moraes impôs duras medidas cautelares ao ex-presidente: tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana, proibição de usar redes sociais e de se comunicar com diplomatas, filhos e outros investigados.
O cerco pode se fechar ainda mais: fontes da PF revelaram ao DCM que a Procuradoria-Geral da República deve solicitar a prisão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de conspirar com o pai para desestabilizar o STF e articular interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Brasil. Eduardo intensificou contatos com a ala trumpista do governo americano nos últimos dias.
A investigação do STF apura crimes como obstrução de justiça, coação no curso do processo e ataque à soberania nacional. O estopim teria sido um vídeo em que Bolsonaro se dirige diretamente a Trump em tom conspiratório, pedindo pressão contra o Supremo e sanções ao país — algo que os investigadores consideram “afronta direta ao Estado de Direito”.
Flávio Bolsonaro reagiu nas redes, classificando as medidas como “covardes” e “motivadas por ódio”. Eduardo, por sua vez, afirmou que Moraes “dobrou a aposta”. Ambos demonstram desespero diante da ofensiva que atinge diretamente o núcleo familiar e político do bolsonarismo.
A perseguição contra Bolsonaro não tem limites! Esse momento é mais um capítulo da narrativa que armaram contra ele. Mas não adianta. Podem tentar tudo, mas nunca vão calar Bolsonaro!@jairbolsonaro pic.twitter.com/9473crY7la
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) July 18, 2025