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Em um discurso inflamado durante a oração do Angelus deste domingo (20), o papa Leão XIV condenou com veemência a "barbárie da guerra" em Gaza, exigindo o "fim imediato" do conflito após o ataque israelense à Igreja da Sagrada Família, que matou três pessoas e feriu dezenas de civis palestinos. O pontífice denunciou o "uso indiscriminado da força" por Israel, destacando que o bombardeio ao último templo católico de Gaza se soma a uma sequência de atrocidades contra locais de culto e populações indefesas.
"Metade das vítimas são mulheres e crianças", reforçou o papa, referindo-se aos dados palestinos que expõem a brutalidade do genocídio iniciado em outubro de 2023. Leão XIV foi incisivo ao cobrar da comunidade internacional o cumprimento do direito humanitário: "É inaceitável a punição coletiva, o deslocamento forçado e a violação de santuários. Isso configura crime perante o mundo!". A fala ecoou entre milhares de fiéis na Praça São Pedro, enquanto relatos da Faixa de Gaza confirmam que o local atacado na quinta-feira (17) abrigava famílias cristãs em fuga da violência.
A pressão do Vaticano forçou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a ligar para o papa no dia seguinte ao ataque. Em comunicado oficial, o líder israelense "lamentou profundamente" o ocorrido e prometeu investigar o "erro" – mas a desculpa soa vazia diante de 1.200 ataques a hospitais, escolas e mesquitas documentados pela ONU nos últimos nove meses. Para o pontífice, "investigações não apagam sangue": em gesto simbólico, ele recebeu sobreviventes palestinos após o Angelus, enquanto redes sociais exibiam imagens do padre argentino Gabriel Romanelli sendo socorrido com ferimentos graves no ataque à igreja.
Com informações do Brasil247
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