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Jair Bolsonaro (PL) tentou se desvincular da tarifa de 50% imposta por Donald Trump contra produtos brasileiros, apesar de o presidente dos EUA ter citado diretamente o nome do ex-capitão ao anunciar a medida e criticar seus processos no STF. Em entrevista ao G1, Bolsonaro afirmou: “Querem colar na gente os 50%. Mentira.” Mas ignorou que seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), já havia se declarado articulador da sanção contra o Brasil.
Mesmo diante da punição econômica imposta a brasileiros, Bolsonaro manteve elogios ao líder norte-americano e tentou empurrar a responsabilidade para o governo Lula, que, segundo ele, "não buscou contato com Trump". A incoerência chamou atenção: Bolsonaro admitiu que a tarifa causará “impacto enorme” na economia nacional, mas preferiu defender seu aliado republicano a proteger os interesses do país.
Contradições no clã:
-Trump citou Bolsonaro ao justificar a tarifa
-Eduardo se disse negociador das sanções
-Bolsonaro agora diz que o filho “falou demais”
-Mesmo assim, chamou o deputado de “responsável”
Além da crise diplomática, Bolsonaro precisou se explicar também sobre a apreensão de US$ 14 mil pela PF em sua casa. Tentou minimizar o valor, dizendo que já teve R$ 17 milhões do Pix em conta e que os dólares “não são nada”. Questionado sobre o pen drive apreendido no banheiro, respondeu que só havia "música gospel e fotos de família".
Na mesma entrevista, voltou a defender a anistia aos golpistas do 8 de janeiro, atacou o STF e insinuou que o Congresso está acuado. Enquanto isso, pesquisa Quaest mostra que 72% dos brasileiros rejeitam o tarifaço de Trump e 79% temem impacto direto na vida. A crise empurrou o eleitorado de centro para o lado de Lula, que agora lidera em um possível 2º turno de 2026.
Bolsonaro encerrou dizendo que voltará a frequentar reuniões do PL no Congresso, já que suas medidas restritivas não o impedem de ir à Casa. Mas o que não conseguiu esconder foi o desgaste público: tentou fugir da culpa, mas foi desmentido até dentro de casa.
Com informações do Brasil 247
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