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Em resposta às tarifas agressivas de Donald Trump, os presidentes Lula e Claudia Sheinbaum articularam nesta quarta-feira (23) uma ofensiva estratégica para ampliar o comércio Brasil-México. Durante conversa telefônica, os líderes definiram os dias 27 e 28 de agosto para a visita do vice-presidente Geraldo Alckmin à Cidade do México, acompanhado de ministros e empresários brasileiros, com o objetivo de expandir o acordo bilateral em setores-chave como farmacêuticos, energia renovável e aeroespacial.
Os números comprovam o potencial da aliança: mesmo durante a pandemia, as exportações brasileiras para o México cresceram 74% entre 2019 e 2023, atingindo US$ 8,5 bilhões no ano passado. O país é hoje o sexto maior parceiro comercial do Brasil e o quinto maior comprador de produtos nacionais – uma relação que ambos pretendem transformar em eixo estratégico para reduzir a dependência do mercado estadunidense.
A jogada tem claro viés geopolítico. Sheinbaum, primeira mulher a governar o México e aliada histórica de Lula na esquerda latino-americana, soma-se ao projeto brasileiro de fortalecer o BRICS como contraponto à hegemonia dos EUA. O bloco, que responde por 39% do PIB global e 72% das reservas de terras raras, ganha agora um corredor comercial vital entre suas duas maiores economias continentais.
"Enquanto Trump ataca, nós construímos alternativas", resumiu assessor do Planalto, lembrando que o acordo será peça-chave na estratégia de Lula à frente do BRICS para criar uma "governança inclusiva". Enquanto Washington impõe sanções, Brasília e Cidade do México tecem a multipolaridade
Com informações do Brasil247
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