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O general da reserva Mario Fernandes admitiu ao Supremo Tribunal Federal que foi o autor do documento intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. A chocante confissão foi feita nesta quinta-feira (24), durante interrogatório no processo que apura a tentativa de golpe de Estado articulada por Jair Bolsonaro e seus aliados extremistas.
Segundo Fernandes, o plano seria apenas um “pensamento” que acabou sendo digitado e impresso. O general tentou minimizar a gravidade do caso dizendo que não chegou a compartilhar o documento com outras pessoas, embora o conteúdo tenha sido encontrado e anexado ao processo como evidência da conspiração golpista.
Fernandes é um dos réus do núcleo 2 da investigação, que segundo a Procuradoria-Geral da República era responsável por gerenciar as ações golpistas do entorno de Bolsonaro. Esse grupo inclui figuras-chave da segurança e da inteligência do governo anterior, que hoje tentam se desvincular da tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito.
A Ação Penal 2668, da qual os interrogatórios fazem parte, foi retomada nesta quinta-feira pela manhã com transmissão ao vivo autorizada pelo STF. Além do general, também prestaram depoimento nomes como o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, outro personagem central na repressão aos eleitores do Nordeste durante o segundo turno.
Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro, também foi interrogado. Considerado peça estratégica do núcleo 2, Martins é acusado de envolvimento nas articulações para impedir a posse de Lula. A PGR afirma que esse grupo era formado por pessoas muito próximas ao ex-presidente, com cargos de influência no governo e atuação direta nos bastidores golpistas.
Outro núcleo da investigação, o de número 4, tem como alvo os responsáveis por espalhar fake news contra o sistema eleitoral. Entre os ouvidos nesta fase estão o ex-major Ailton Barros, o tenente-coronel Guilherme Almeida, o coronel Reginaldo Abreu e Carlos Moretzsohn Rocha, do Instituto Voto Legal, apontado como um dos mentores da ofensiva antidemocrática.
Com informações do DCM
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