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O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira (24) que os minerais estratégicos pertencem ao povo brasileiro e que sua exploração deve obedecer rigorosamente à legislação nacional. A fala surge no momento em que cresce a pressão dos Estados Unidos sobre o Brasil por acesso aos chamados minerais críticos, recursos fundamentais para a indústria de ponta, a defesa e a transição energética global.
Um dia antes, o representante da embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, voltou a demonstrar o apetite da Casa Branca por essas riquezas durante uma reunião com empresários do setor mineral. Jungmann foi direto: “O Brasil é um país aberto para quem respeita nossas leis”. Ele lembrou que nenhuma legislação brasileira autoriza governos estrangeiros a explorar nossas jazidas — somente empresas legalmente constituídas podem atuar, e sob as regras do Brasil.
O alerta reflete a importância crescente dos minerais críticos como lítio, grafite, nióbio, cobre, cobalto, urânio e terras-raras, que são cada vez mais cobiçados por grandes potências. Boa parte dessas reservas está concentrada justamente na China e no Brasil, o que transforma o território brasileiro em peça-chave das disputas geopolíticas entre Washington e Pequim.
Jungmann ressaltou que esses recursos são centrais para sistemas de defesa, satélites, chips e navegação aeroespacial — setores em que o governo Trump tem interesse estratégico. Em outras palavras, o Brasil está no centro de um tabuleiro global em que sua soberania precisa ser defendida com firmeza diante das ambições estrangeiras.
O presidente Lula reforçou essa postura em recente discurso em Minas Gerais. “Temos todo o nosso petróleo para proteger. Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro”, declarou, em tom direto aos Estados Unidos. “A única coisa que eu peço ao governo americano é que respeite o povo brasileiro como eu respeito o povo americano.”
O Brasil é um dos poucos países com reservas abundantes e vantagens estratégicas: energia limpa, estabilidade territorial, experiência em mineração e capacidade técnica reconhecida por instituições como o Serviço Geológico do Brasil e a CPRM. Diante da corrida por recursos naturais no século XXI, o país sob o governo Lula se posiciona com autonomia, soberania e compromisso com os interesses do povo brasileiro.
Com informações do DCM
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