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Há algum tempo, observadores da política já apontavam que o Brasil caminhava para retomar sua normalidade institucional. Agora, esse processo parece estar se acelerando, impulsionado por um incêndio interno na própria extrema-direita. A crise dentro do bolsonarismo tem feito a chamada direita tradicional e o Centrão reconsiderarem sua rota e, finalmente, se afastarem da insanidade que abraçaram nos últimos anos.
O ego inflado e o personalismo corrosivo da família Bolsonaro estão empurrando setores do centro político de volta à racionalidade. Muitos desses atores, que se deixaram seduzir pelo discurso de ódio e pelo oportunismo eleitoral, percebem agora que o bolsonarismo é um projeto falido, que gira em torno de si mesmo e não oferece futuro sustentável a ninguém — muito menos a aliados de ocasião.
As recentes investidas de Eduardo Bolsonaro contra nomes como Tarcísio de Freitas, Nikolas Ferreira, Tereza Cristina e o “senador Astronauta” revelam o padrão de autodestruição bolsonarista. Nem mesmo os aliados mais fiéis escapam do fogo amigo. A família trata qualquer outro político como figurante descartável em seu espetáculo grotesco — algo que o Centrão, cada vez mais fortalecido por orçamento impositivo e emendas Pix, já não está mais disposto a aceitar.
Os chefes do Centrão sabem que sua sobrevivência depende mais da articulação com setores empresariais e econômicos do que do voto radical e imprevisível da base bolsonarista. Esses mesmos empresários, por sua vez, já sentem no bolso os efeitos da famigerada “Bolso-Taxa”, costurada pela família Bolsonaro com o governo Trump e que promete onerar exportações e isolar o Brasil em acordos internacionais.
Esse racha inevitável redesenha o cenário das eleições de 2026. De um lado, a centro-esquerda liderada por Lula, que se consolida como única força política enraizada, popular e responsável. Do outro, a extrema-direita em ruínas, tentando ressuscitar com algum nome do clã Bolsonaro. E, ao centro, surgirá um campo ainda em disputa, onde políticos que hoje ainda flertam com o bolsonarismo tenderão a se afastar assim que a nau da extrema-direita afundar de vez.
O tempo do delírio golpista e da idolatria a figuras autoritárias está se esgotando. A política brasileira começa a reencontrar seu eixo — e o bolsonarismo, finalmente, sua irrelevância.
Com informações do Brasil 247 Artigo: "Pegou fogo no parquinho" *Por Oliveiros Marques*
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