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A hora do xeque-mate no esquema do chamado Orçamento Secreto (Bolsolão) parece ter chegado. O ministro Flávio Dino, dando seguimento ao processo herdado de Rosa Weber, iniciou uma escalada nas investigações que culminou na apreensão de provas contundentes contra a cúpula do Legislativo. O foco da operação da Polícia Federal (PF) foi a assessora de confiança do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que atuava como o "arquivo vivo" do esquema, mesmo após a assunção de Hugo Motta (Republicanos-PB) na presidência. A ação, marcada pelo elemento surpresa e pela desobediência a um suposto "acordo" de inviolabilidade do Legislativo, gerou um pânico generalizado entre os parlamentares do chamado Centrão.
A PF obteve êxito ao apreender planilhas e cadernos preenchidos à mão, além do celular da ex-assessora, que, acreditando na imunidade do gabinete, registrava todas as operações do esquema. As planilhas contêm o mapa completo do Bolsolão: quem é o deputado ou senador que solicitou verba, qual o valor exato, para qual cidade, estado, CNPJ ou CPF o dinheiro foi enviado. No entanto, o "para quê" o dinheiro foi usado — a finalidade das emendas que totalizavam milhões e chegavam a CPFs — não era registrado, justamente porque, como apontam as investigações, a verba se destinava majoritariamente à corrupção e roubo.
O impacto político é gigantesco e deve ser acelerado pela tecnologia. Flávio Dino citou o nome de Arthur Lira 72 vezes na decisão que autorizou as buscas e apreensões, indicando-o como o suposto mandante e cabeça do esquema. O dinheiro do Orçamento Secreto era o pilar de sustentação do governo de Jair Bolsonaro (PL), que se valia do esquema para garantir que o PL, Republicanos e PP o protegessem de qualquer pedido de impeachment. Agora, com as provas físicas digitalizadas e o uso de inteligência artificial pela PF, o processamento de dados que levaria meses será concluído em dias, expondo os envolvidos em pleno ano eleitoral. A palavra de ordem em Brasília, segundo bastidores, é pânico, já que as provas comprometem, literalmente, a metade dos parlamentares ligados ao Centrão.
Com informações do Brasil 247
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