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No próximo 26 de fevereiro, 400 famílias moradoras do Brooklin e Campo Belo, na zona sul de São Paulo, podem perder suas casas. Isso se dará caso o governo de Geraldo Alckmin concretize o leilão de 42 terrenos pertencentes ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER).
Segundo o engenheiro Filipe Sartori Sigollo, as moradias estão vazias, e fez o laudo correspondente. Acontece que essas 400 famílias estão em suas casas, nestes terrenos, e ali estão entre 30 e 50 anos, tendo construído suas casas e contribuído também com o desenvolvimento do bairro.
Para a moradora Elisete Lopes Santos, desde a chegada das obras do Monotrilho e da linha Ouro do Metrô na região, as comunidades de menores recursos estão sofrendo a expulsão. A este movimento de empurrar a pobreza para bairros distantes é conhecido como gentrificação, um processo de valorização dos terrenos em prejuízo dos que ali já estão instalados. “O governador Alckmin não quer pobre morando do lado de rico”, diz Elisete.
Apesar das tentativas da Defensoria Pública contra a realização dos leilões, a Secretaria de Planejamento alegou, em nota, que os imóveis estão ocupados de forma irregular e confirmou os leilões.
A uma semana da possível perda de suas moradias, as famílias atingidas do Brooklin e Campo Belo convocaram uma passeata, saindo da comunidade em caminhada, até o Palácio do Governo, na próxima sexta (21) às 7hs. No dia do leilão, os moradores prentedem acampar em frente ao prédio da Secretaria do Planejamento no 26 de fevereiro.
Veja nesta vídeo-reportagem de Nacho Lemus e Pedro Garbellini, a situação das famílias. Os repórteres confirmaram, neste vídeo, que essas "casas vazias" abrigam, na verdade, muitas famílias.
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