1223 visitas - Fonte: Jornal GGN
O presidenciável Aécio Neves (PSDB) disse nesta segunda-feira (25) que o desempenho da adversária Marina Silva (PSB) nas pesquisas de opinião deve cair nos próximos 15 a 20 dias. O tucano, que foi ultrapassado por Marina na pesquisa Datafolha feita imediatamente após a morte de Eduardo Campos, afirmou que vai crescer e retomar o segundo lugar na sondagem, logo atrás da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.
A expectativa, entretanto, é que Marina se aproxime mais de Dilma e deixe Aécio cada vez mais isolado no terceiro lugar. Na Datafolha anterior, a mentora da Rede Sustentabilidade angariou 21% das intenções de voto, ante 20% de Aécio. Dilma segue estável com 36%. Segundo analistas, Marina arrematou votos de pessoas indecisas e que votariam em branco ou nulo. A margem dos "sem voto" reduziu quase que pela metade desde que a ex-senadora entrou no pleito, no lugar de Campos.
Como a margem de erro dessa pesquisa é de dois pontos para mais ou menos, Aécio e Marina ainda estão, tecnicamente, empatados. Num eventual segundo turno, Dilma vence Aécio com boa vantagem. Mas a petista perderia, numericamente, para Marina, por 43% a 47%. Nesta terça (26), o Ibope divulga sua mais nova pesquisa.
Aécio também afirmou nesta segunda-feira que sente-se lisonjeado pela campanha de Marina. Em entrevista à Folha, Eduardo Giannetti, coordenador do programa econômico, afirmou que Marina quer apoio de Lula e FHC, PT e PSDB, paara conseguir governar. Aécio, entretanto, ironizou as intenções e disse que prevalecerá o "software" original, alegando que irá dar continuidade ao projeto de Fernando Henrique, com a melhor das equipes técnicas.
Em seu programa, Marina afirma que não adotará o governo de coalização a exemplo do que foi desenvolvido pela gestão Lula. Ela afirma que, se eleita, não governará sob influências políticas ou rifando pedaços da máquina administrativa.
Apesar do discurso de Aécio, a campanha tucana já admite Marina como uma grande adversária, e cuida para que as críticas a ex-senadora não impeça um eventual apoio a ela no segundo turno.
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