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A Procuradoria-Geral da República (PGR), liderada por Paulo Gonet, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a manutenção da prisão preventiva do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro. O pedido foi uma resposta a um recurso da defesa do militar, preso desde junho por suspeita de tentar obstruir a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
As provas apresentadas pela PGR são contundentes: incluem mensagens trocadas pelo advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, com um perfil atribuído a Mauro Cid no Instagram. Nelas, Kuntz orienta Cid a "omitir o nome de Câmara" nos depoimentos e sugere que ele "contrate seus serviços" para substituir o atual advogado. Uma das mensagens diz: "Poxa... pede para ele falar sobre o Câmara… vc sabe que ele não fez nada de errado".
Para Gonet, as conversas revelam não apenas o conhecimento prévio de Câmara sobre as tentativas de interferência, mas também seu benefício direto com as ações. "Os trechos insinuam que Marcelo Câmara não apenas conhecia a conversa conduzida por seu advogado, mas dela se beneficiou", destacou o procurador-geral. Ele argumentou que a conduta do ex-assessor representa risco à instrução criminal e à aplicação da lei, justificando a manutenção da prisão.
Este não é o primeiro envolvimento de Câmara em polêmicas. Entre janeiro e maio de 2024, ele já havia sido preso após a Polícia Federal descobrir que monitorava os passos do ministro Alexandre de Moraes. Solto com medidas cautelares, sua reclusão atual reforça um padrão de tentativas de obstruir investigações relacionadas ao golpe de 8 de janeiro.
A defesa de Câmara ainda não se manifestou publicamente sobre o novo pedido da PGR, enquanto a PF segue apurando o caso. O STF deve decidir em breve se mantém o militar atrás das grades, em mais um capítulo das investigações sobre o entorno bolsonarista.
Com informações CNN
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