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O Supremo Tribunal Federal começa nesta segunda-feira (28) a ouvir os dez integrantes do núcleo militar da tentativa de golpe contra a democracia brasileira. Entre os réus estão nove militares ligados às forças especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, e um agente da Polícia Federal. O grupo é apontado como um dos principais responsáveis pela articulação golpista que ameaçou a vida do presidente Lula e do vice, Geraldo Alckmin, antes mesmo da posse.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, os acusados elaboraram um plano batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha como objetivo o assassinato de Lula e Alckmin em 15 de dezembro de 2022. O atentado faria parte de uma série de ações violentas e coercitivas com o objetivo de instaurar um regime autoritário e derrubar o Estado Democrático de Direito.
Entre os acusados está o general Estevam Gaspar de Oliveira, acompanhado por outros oficiais de alta patente como os coronéis Bernardo Corrêa Netto, Fabrício Bastos e Márcio Resende Júnior, além de tenentes-coronéis e o agente federal Wladimir Matos Soares. Todos são investigados por crimes como tentativa de golpe de Estado, formação de organização criminosa, dano qualificado e ataque a patrimônio público tombado. Somadas, as penas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
A fase atual do processo judicial marca o fim da instrução, com os interrogatórios dos réus após a oitiva das testemunhas, que ocorreu na semana passada. Encerrada essa etapa, o ministro Alexandre de Moraes abrirá prazo de cinco dias para diligências complementares antes de avançar para as alegações finais, quando defesa e acusação apresentarão seus últimos argumentos.
A decisão final caberá à Primeira Turma do STF, e poderá selar a condenação de mais um grupo envolvido na trama golpista que ameaçou a democracia brasileira. As defesas ainda poderão recorrer dentro do próprio Supremo, mas o cerco se fecha contra os que traíram o país em nome do bolsonarismo.
Com informações do DCM
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