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O novo acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, anunciado com estardalhaço por Donald Trump neste domingo (27), causou forte reação negativa entre lideranças europeias e setores industriais estratégicos do continente. Embora o ex-presidente norte-americano tenha celebrado o tratado como “o maior já feito”, muitos líderes veem no pacto uma rendição a interesses dos EUA e uma ameaça à soberania econômica da Europa.
Trump anunciou que as exportações europeias ao mercado norte-americano passarão a pagar uma tarifa de 15%, valor que ainda sobe para 27,5% em setores como automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos. Além disso, as tarifas sobre aço e alumínio europeus seguirão nos estratosféricos 50%. Em troca, o bloco europeu prometeu investir US$ 600 bilhões nos EUA, incluindo compras energéticas e militares — numa clara submissão geopolítica à agenda agressiva do trumpismo.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tentou dar um tom conciliador ao afirmar que o acordo trará “estabilidade”, mas a repercussão foi majoritariamente negativa. O premiê francês François Bayrou classificou o dia como “sombrio” e afirmou que o bloco se resignou à submissão. O ministro para a Europa da França, Benjamin Haddad, foi mais direto: chamou o tratado de “desequilibrado, insatisfatório e insustentável”.
Accord Van der Leyen-Trump : c'est un jour sombre que celui où une alliance de peuples libres, rassemblés pour affirmer leurs valeurs et défendre leurs intérêts, se résout à la soumission.
— François Bayrou (@bayrou) July 28, 2025