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A extrema-direita brasileira volta a investir em desinformação e revisionismo histórico. O novo documentário “The Fake Judge”, promovido por bolsonaristas e divulgado com destaque pelo site Gazeta do Povo, tenta transformar os criminosos do 8 de Janeiro em “refugiados políticos” e atacar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Narrado em inglês e com estreia prevista para agosto, o filme escancara a estratégia da direita radical de internacionalizar a narrativa mentirosa de perseguição, numa tentativa desesperada de blindar Jair Bolsonaro da Justiça.
O idealizador da obra, Sérgio Tavares, assume com todas as letras a intenção política do documentário. Em entrevista, diz que o atraso de dois meses permitiu incluir as “últimas atrocidades”, referindo-se às ações legítimas do STF e da Polícia Federal contra golpistas. Tavares vai além ao afirmar que espera que o filme “ajude a impedir a prisão de Bolsonaro” e, absurdamente, a “colocar Alexandre de Moraes atrás das grades” — uma confissão explícita do uso do audiovisual como arma política contra o Judiciário.
A peça, recheada de teorias conspiratórias e manipulações grosseiras, pinta Moraes como inimigo da democracia e tenta responsabilizá-lo por uma suposta “perseguição” à oposição. Tavares afirma que o ministro teria sido “erguido” por Lula e Alckmin para depois “colocá-los no poder”, ignorando completamente os trâmites democráticos que levaram ao retorno do PT ao governo pelo voto direto, contra a extrema-direita derrotada nas urnas.
A narrativa do 8 de Janeiro no documentário é apresentada como “cilada”, tentando inverter os papéis entre golpistas que depredaram os Três Poderes e as instituições que os investigam. Ao chamar os envolvidos de “refugiados políticos”, Tavares escancara a intenção de transformar criminosos condenados por terrorismo e tentativa de golpe em vítimas, reforçando a retórica internacional que busca apoio de setores extremistas no exterior.
O próprio diretor se coloca como mártir ao afirmar que “nenhum brasileiro poderia fazer esse filme” por medo de “prisão ou morte” — argumento típico de quem tenta mascarar propaganda golpista com ares de denúncia internacional. Ele afirma ter gastado mais de 50 mil euros, viajado por dez países e sentido “na pele” a tal perseguição, dando pistas de que o documentário pode ter recebido apoio logístico ou financeiro de redes de extrema-direita internacionais.
A estratégia é clara: sabotar as instituições brasileiras, atacar quem defende a democracia e criar uma rede de proteção narrativa para Jair Bolsonaro, que está cada vez mais cercado pela Justiça. O “documentário” é mais uma peça na engrenagem do golpismo — agora em inglês, tentando enganar o mundo com a mentira que já foi desmascarada no Brasil.
Com informações do DCM
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