ONGs israelenses rompem silêncio pela primeira vez e expõem massacre em Gaza

Portal Plantão Brasil
28/7/2025 15:46

ONGs israelenses rompem silêncio pela primeira vez e expõem massacre em Gaza

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Duas das mais respeitadas organizações de direitos humanos sediadas em Israel — a B’Tselem e a Physicians for Human Rights (PHR) — publicaram nesta segunda-feira (28) relatórios contundentes que acusam formalmente o governo de Benjamin Netanyahu de estar cometendo genocídio contra a população palestina na Faixa de Gaza. As denúncias, baseadas em investigações extensas realizadas por equipes no terreno, reforçam o que já vem sendo denunciado por lideranças progressistas em todo o mundo: trata-se de uma política de extermínio sistemático.

De acordo com os documentos, o massacre de civis palestinos ocorre há quase dois anos de forma deliberada, com o respaldo direto ou conivente de potências ocidentais como Estados Unidos e países da União Europeia. As ações descritas incluem bombardeios em massa a áreas residenciais, destruição de hospitais, cortes intencionais no fornecimento de alimentos e água, deslocamento forçado e colapso planejado da infraestrutura essencial de Gaza.

As ONGs argumentam que tais atos violam diretamente o artigo 2c da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio da ONU. Yuli Novak, diretora-executiva da B’Tselem, foi categórica: “Estamos diante de uma tentativa clara e contínua de eliminar um povo. Isso não é mais um excesso de guerra ou resposta desproporcional — é genocídio”. Segundo ela, o reconhecimento jurídico pode até tardar, mas o posicionamento moral é urgente: “Cada pessoa deve se perguntar: o que fazer diante de um genocídio em curso?”

A PHR, por sua vez, detalhou como o sistema de saúde de Gaza foi intencionalmente desmontado ao longo dos anos, agravando-se após outubro de 2023. Guy Shalev, diretor da organização, afirmou que não é necessário um comando explícito para se caracterizar a intenção genocida — basta observar o padrão sistemático de conduta, como reconhece a jurisprudência do Tribunal Penal Internacional desde o caso de Ruanda.

Ambas as organizações denunciam a omissão criminosa dos aliados ocidentais de Israel. O relatório da PHR afirma que esses países, especialmente os EUA e os membros da União Europeia, têm obrigação legal de atuar, conforme a Convenção do Genocídio, mas seguem oferecendo apoio político, financeiro e militar a um regime que promove a limpeza étnica em Gaza. A inação dessas potências, segundo os relatórios, “alimenta e prolonga a destruição”.

Israel nega as acusações, alegando que a ofensiva militar é uma resposta aos ataques do Hamas, em outubro de 2023. No entanto, para as organizações israelenses de direitos humanos, essa justificativa já não se sustenta. Os números, a repetição dos padrões e a escala dos ataques apontam para uma política que mira não apenas combatentes, mas o povo palestino como um todo. “O regime israelense agora utiliza uma nova ferramenta: o genocídio”, conclui Novak, alertando que o silêncio do mundo pode permitir a exportação dessa prática para outras partes da Palestina ocupada.

Com informações do DCM

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