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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (29) que o governo brasileiro percebe sinais de disposição por parte dos Estados Unidos para negociar o tarifaço de 50% que Donald Trump pretende impor sobre produtos do Brasil. A medida, marcada para entrar em vigor já nesta sexta-feira (1º), representa uma retaliação política e comercial do presidente norte-americano, que tenta chantagear o Brasil para proteger seu aliado golpista, Jair Bolsonaro.
Haddad ressaltou que o governo Lula nunca abandonou a mesa de negociação e que empresários norte-americanos estariam pressionando Washington por um recuo. Segundo o ministro, interlocutores do setor privado nos EUA já admitem que a decisão de Trump “passou do ponto” e demonstram interesse em abrir diálogo com o Brasil. “Estamos vendo maior sensibilidade em algumas autoridades norte-americanas, que agora talvez queiram conversar”, explicou.
Apesar das tratativas, Haddad garantiu que o governo está preparado para reagir à altura, caso a tarifa seja mesmo implementada. Um plano de contingência está sendo elaborado para proteger empresas e trabalhadores brasileiros dos impactos econômicos da medida arbitrária. “O Brasil vai estar pronto para cuidar das suas empresas e dos seus trabalhadores. E seguirá buscando respeito e racionalidade”, declarou.
Questionado sobre a possibilidade de um programa emergencial de proteção ao emprego, como o adotado durante a pandemia da Covid-19, Haddad confirmou que essa é uma das alternativas avaliadas. O modelo anterior, que garantiu salários e estabilidade laboral com apoio público, pode ser acionado novamente para impedir demissões em massa. A decisão final, no entanto, ficará a cargo do presidente Lula, que analisa os cenários com cautela e responsabilidade.
O tarifaço de Trump foi anunciado em 9 de julho, por meio de uma carta enviada diretamente ao presidente Lula, em tom arrogante e ameaçador. O republicano alegou motivos “políticos e comerciais”, mas, dias depois, deixou claro que sua birra se dá com países que não se submetem aos caprichos dos Estados Unidos. Como o governo Lula se recusou a interferir nas investigações contra Bolsonaro — algo impensável em uma democracia —, Trump agora tenta impor sanções econômicas como forma de chantagem internacional.
A medida foi recebida com firmeza por Brasília, que vem demonstrando ao mundo que o Brasil de hoje não se curva ao autoritarismo nem ao imperialismo. O governo Lula reafirma sua soberania, com uma política externa altiva e defensora dos interesses nacionais, desmontando de vez os tempos de submissão e entreguismo bolsonarista.
Com informações do Brasil 247
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