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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segue impondo sua agenda autoritária e protecionista, agora mirando diretamente a indústria brasileira. A SkyWest, maior compradora norte-americana de jatos da Embraer, anunciou que não aceitará pagar os 50% de tarifa impostos por Trump sobre aeronaves brasileiras. O tarifaço entra em vigor nesta sexta-feira (1) e coloca em risco uma parceria estratégica com a Embraer, que tem 74 jatos encomendados pela empresa até 2032.
Durante coletiva na última semana, o CEO da SkyWest, Chip Childs, demonstrou preocupação com os impactos da tarifa não apenas na Embraer, mas também na aviação regional dos Estados Unidos. Ele afirmou que a empresa está dialogando com autoridades norte-americanas para tentar reverter a medida. “As pessoas estão entendendo a importância disso para as pequenas comunidades dos EUA e o impacto econômico que isso trará. Continuaremos lutando”, disse.
Ainda que haja expectativa de reversão, a companhia aérea já prepara um plano B. O diretor comercial da SkyWest, Wade Steele, declarou que, se Trump mantiver a tarifa absurda, a empresa pretende adiar a entrega das aeronaves brasileiras. O prejuízo será grande e pode afetar diretamente os cronogramas da Embraer.
A fabricante brasileira alerta para consequências severas. Segundo a empresa, cada aeronave entregue sob a nova tarifa representaria um custo adicional de R$ 50 milhões, inviabilizando economicamente o negócio. O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, já deixou claro: “Dificilmente uma companhia aceitará pagar uma quantia tão alta”, prevendo possíveis cancelamentos ou adiamentos.
O mercado norte-americano representa mais da metade das vendas da Embraer: 45% dos jatos comerciais e 70% dos executivos são enviados aos Estados Unidos. Das 437 aeronaves hoje na carteira de pedidos da empresa, 229 foram encomendadas por companhias americanas, com destaque para a American Airlines (90 unidades) e a própria SkyWest (74).
Diante do risco real de uma crise, com ameaça inclusive de demissões, a Embraer divulgou nota oficial nesta segunda-feira (28) reafirmando sua confiança em uma saída diplomática. A empresa diz estar engajada em negociações com as autoridades e espera que Brasil e Estados Unidos restabeleçam a alíquota zero para o setor. Ao que tudo indica, o governo Lula terá mais uma batalha pela soberania econômica e pelo emprego no país — enquanto a extrema-direita torce pelo quanto pior, melhor.
Com informações do DCM
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