30/7/2025 10:52

Brasil suspende exportações militares a Israel e cobra justiça por genocídio em Gaza

957 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Em um pronunciamento firme na conferência da ONU nesta terça-feira (29), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, anunciou que o país aplicará sanções contra Israel, responsabilizando o governo de Benjamin Netanyahu pelo genocídio em curso na Faixa de Gaza. A decisão, que alinha o Brasil a uma frente global de denúncia contra crimes de guerra, inclui medidas concretas como a suspensão imediata de exportações de equipamentos militares a Israel.

Além disso, o Brasil vai intensificar a fiscalização de produtos oriundos de assentamentos ilegais na Cisjordânia e manifestar apoio formal à ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), que acusa Israel de genocídio. O chanceler brasileiro também anunciou apoio a uma missão internacional da ONU para verificação de violações do direito internacional, e sugeriu a criação de um mecanismo semelhante ao antigo Comitê Especial contra o Apartheid.

O posicionamento do Brasil ocorre diante da catástrofe humanitária que assola Gaza desde outubro de 2023, com mais de 60 mil palestinos mortos sob bombardeios israelenses. Em seu discurso, Mauro Vieira deixou claro que o governo Lula não se calará diante das atrocidades, reafirmando o compromisso brasileiro com os direitos humanos, a autodeterminação dos povos e o cumprimento das resoluções da ONU sobre a Palestina.

Vieira também reiterou o apoio incondicional do Brasil à UNRWA, agência da ONU que presta assistência aos refugiados palestinos e que tem sido alvo de ataques políticos e cortes de financiamento. Segundo ele, o país seguirá presidindo a Comissão Consultiva da agência e distinguindo claramente críticas legítimas às políticas do Estado de Israel de manifestações de antissemitismo, conforme recomendações de especialistas da ONU.

O endurecimento da posição brasileira marca um novo momento da diplomacia do país, que assume papel central no esforço global por justiça no Oriente Médio. A fala de Mauro Vieira na ONU foi recebida como um gesto de coragem e responsabilidade, colocando o Brasil no centro da pressão internacional contra a impunidade de crimes cometidos por Israel.

“Não há paz sem justiça, e não há justiça sem responsabilização. O sofrimento do povo palestino não pode mais ser ignorado”, afirmou o ministro. A postura brasileira reafirma o protagonismo do país sob o governo Lula, em defesa da paz, dos direitos humanos e de uma ordem internacional baseada na justiça e na dignidade dos povos.

Com informações do Brasil 247

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