30/7/2025 15:51

Trump oficializa tarifa punitiva e declara “emergência” contra o Brasil

3040 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O governo dos Estados Unidos, sob comando do presidente Donald Trump, oficializou nesta quarta-feira (30) um ataque frontal à soberania do Brasil ao decretar uma tarifa punitiva de 50% sobre produtos brasileiros. A medida foi justificada com alegações políticas e infundadas, configurando uma grave violação das normas diplomáticas e comerciais internacionais. A ordem executiva, que institui um adicional de 40% sobre a tarifa já existente, acusa o Brasil de representar uma “ameaça extraordinária” à segurança nacional dos EUA — uma retórica que mascara motivações ideológicas e geopolíticas.

O texto divulgado pela Casa Branca menciona diretamente o Supremo Tribunal Federal, em especial o ministro Alexandre de Moraes, em tom ofensivo e hostil. Moraes é acusado, sem base jurídica concreta, de “agir como juiz tirânico”, em uma clara tentativa de intimidar o Judiciário brasileiro e deslegitimar o combate às ameaças à democracia. O decreto americano ainda afirma que ministros do STF estariam promovendo abusos contra liberdades civis — um argumento descolado da realidade institucional do Brasil, onde decisões da Suprema Corte são colegiadas e baseadas na Constituição.

A imposição das tarifas vem acompanhada de retaliações diplomáticas, como o bloqueio de vistos para Moraes, seus colegas de Corte e familiares. A alegação? Suposta censura a empresas e cidadãos americanos — ignorando completamente que todas as medidas judiciais tomadas no Brasil foram fundamentadas em inquéritos legais, aprovadas pelo plenário do STF e visaram combater crimes como desinformação, ataques a instituições e tentativa de golpe de Estado.

Trata-se de uma ação que ignora o Estado de Direito brasileiro e ameaça a autonomia de um país soberano. Ao transformar decisões legítimas da Justiça brasileira em justificativas para sanções comerciais e diplomáticas, os EUA rebaixam sua política externa ao nível da chantagem econômica e do intervencionismo autoritário. É um gesto que não apenas afronta o Brasil, mas lança dúvidas sobre o compromisso dos EUA com a democracia fora de suas fronteiras.

Ao declarar uma “emergência nacional” contra o Brasil, Trump instrumentaliza a diplomacia para impor sua agenda interna e desviar o foco de seus próprios desafios eleitorais. Ao mesmo tempo, busca enfraquecer a imagem internacional do Brasil, que tem exercido papel de liderança global na defesa do multilateralismo, da paz e do desenvolvimento sustentável — especialmente sob o governo Lula, que tem restabelecido o prestígio diplomático brasileiro.

A tentativa de desacreditar o Supremo Tribunal Federal e retaliar economicamente o Brasil por decisões judiciais legítimas configura uma escalada autoritária inaceitável. A resposta do Estado brasileiro precisa ser firme e à altura, reafirmando que o país não se curvará a pressões estrangeiras e tampouco aceitará ataques à sua Constituição e às instituições democráticas.

Com informações do G1

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