30/7/2025 19:04

Tarifaço virou piada, mas Planalto age para blindar economia e empregos

2148 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O presidente Lula convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (30) para tratar do chamado "tarifaço" anunciado por Donald Trump. A medida imposta pelos Estados Unidos aumenta em 50% as tarifas sobre produtos brasileiros e será avaliada por ministros estratégicos, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin, que tem articulado diretamente com representantes do setor produtivo e do governo norte-americano.

O encontro ocorre em meio à tentativa do governo de minimizar os impactos das novas tarifas sobre a economia nacional. Estão presentes os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). Como o chanceler Mauro Vieira está em missão oficial nos EUA, será representado por um secretário do Itamaraty.

Entre os principais temas da reunião estão a análise do decreto assinado por Trump, o impacto nas exportações, medidas de mitigação econômica, socorro a setores afetados e estratégias para preservar empregos. O governo brasileiro quer uma resposta rápida e técnica ao ataque disfarçado de “sanção comercial” promovido por Trump sob justificativas frágeis e politicamente motivadas.

Apesar do alarde feito pela Casa Branca, o tarifaço já virou motivo de piada nas redes sociais, principalmente por isentar quase 700 produtos — incluindo café, minério de ferro, laranja, aviões e etanol — que representam a maior parte da pauta de exportações brasileiras. Ainda assim, o Planalto quer garantir proteção aos setores que possam ser prejudicados.

A ofensiva de Trump vem embalada por uma narrativa bolsonarista, que tenta associar medidas judiciais contra o ex-presidente genocida a uma suposta violação de direitos humanos. No comunicado oficial, o governo dos EUA ataca diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e insinua interferência política no Judiciário brasileiro — uma afronta à soberania nacional.

Lula e sua equipe reafirmam que o Brasil é um Estado democrático com poderes independentes, e que não aceitará tutelas estrangeiras nem ameaças disfarçadas de política comercial. A resposta à tentativa de chantagem internacional será firme, articulada e em defesa do povo brasileiro.
Com informações do DCM

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