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Em grave alerta nas redes sociais, o jornalista Breno Altman denunciou que o governo de Benjamin Netanyahu está a poucos passos de romper o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. De acordo com Altman, o primeiro-ministro israelense - que responde a processos por genocídio na Corte Internacional de Justiça - estaria usando como pretexto o ritmo das entregas dos corpos de reféns para justificar uma retomada dos ataques em larga escala ao território palestino. "Se não for detido por aliados e a pressão mundial, retomará o genocídio palestino", afirmou o jornalista.
O acordo de cessar-fogo assinado na última segunda-feira (13) sob mediação dos Estados Unidos previa a libertação de 2 mil palestinos - incluindo mulheres, crianças e presos de longa data - em troca da libertação de todos os reféns israelenses. O documento também estabelecia a retirada parcial das tropas israelenses de Gaza e a criação de corredores humanitários para entrada de alimentos e medicamentos. No entanto, a supervisão do acordo por uma coalizão liderada pelos EUA, aliados históricos de Israel, gera preocupação sobre a efetividade das medidas.
O contexto revela a gravidade da situação: mais de 68 mil palestinos já foram mortos desde outubro de 2023, com a ONU registrando oficialmente pela primeira vez no Oriente Médio a ocorrência de fome em Gaza, onde mais de 500 mil pessoas enfrentam condições catastróficas. Enquanto isso, a comunidade internacional discute os custos de uma reconstrução estimada em US$ 70 bilhões, valor que contrasta brutalmente com a destruição em curso e a ameaça iminente de retomada dos bombardeios que aprofundariam ainda mais a crise humanitária no território palestino.
O Estado de Israel está a poucos passos de romper o cessar-fogo. O pretexto é o ritmo na entrega dos corpos de reféns. À revelia do acordo, Netanyahu fixou prazo que vence domingo. Se não for detido por aliados e a pressão mundial, retomará o genocídio palestino em larga escala.
— Breno Altman (@brealt) October 17, 2025