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Em discurso direto aos estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares em São Bernardo do Campo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o compromisso de universalizar o programa Pé-de-Meia para todos os alunos do ensino médio público a partir de 2026. Diante de jovens e professores, o presidente reconheceu as críticas do mercado financeiro, mas deixou claro onde estão suas prioridades: "É difícil, a Faria Lima vai reclamar, o mercado vai reclamar. Mas nós não estamos gastando, estamos investindo na sobrevivência da nossa juventude".
A expansão do programa, que segundo estimativas do Ministério da Educação demandará cerca de R$ 5 bilhões adicionais no orçamento, representa a resposta do governo a um problema grave identificado pela equipe econômica: cerca de 480 mil jovens abandonavam o ensino médio anualmente para ajudar no sustento familiar. "Nós aprovamos o Pé-de-Meia porque descobrimos que 480 mil jovens estavam desistindo do ensino médio para ajudar no orçamento familiar. E um governo que deixa isso acontecer não é um governo", afirmou Lula, destacando sua "obsessão pela educação" como motor de transformação do país.
No mesmo evento, Lula, acompanhado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Camilo Santana (Educação), assinou termo de compromisso para lançar até dezembro um novo edital que destinará R$ 108 milhões a até 500 cursinhos populares em 2026 - ampliando os R$ 74 milhões já investidos em 384 unidades neste ano. O conjunto de medidas reforça a aposta do governo na educação como política de estado capaz não apenas de reduzir desigualdades, mas de reorientar o modelo de desenvolvimento nacional rumo à economia do conhecimento.
Com informações do Brasil247
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